Uma verdade sobre o Orkut (vinda de alguém de mentira?)


Recebi de um amigo por e-mail o texto a seguir, que reproduzo na íntegra:

UMA VERDADE SOBRE ORKUT

Texto de autoria de Marco André Vizzortti

Professor de Informática da USP

Dêem em uma pausa e reflitam sobre a verdade do que está escrito abaixo.

O ORKUT apareceu como uma forma de contatar amigos, saber notícias de quem está distante e mandar recados. Hoje está sendo utilizado com o propósito de, creio ser o seu maior trunfo, obter informações sobre uma classe privilegiada da população brasileira. Por que será que só no Brasil teve a repercussão que teve? Outras culturas hesitam em participar sua vida e dados de intimidade, de forma tão irresponsável e leviana. Por acaso você já recebeu um telefonema que informava que seus filhos estavam sendo seqüestrados? Sua mãe idosa já foi seguida por uma quadrilha de malandros? Já te abordaram num barzinho, dizendo que te conhecia faz tempo?
Já foi a festas armadas para reencontrar os amigos de 30 anos atrás e não viu ninguém?
Pois é. Ta tudo lá. No ORKUT. Com cinco minutos de navegação eu sei que você tem dois filhos,
tem um namorado, estuda no colégio tal, freqüenta cinemas. E o melhor de tudo, com uma foto na mão, identifico seu rosto em meio a multidões, na porta do seu trabalho, no meio da rua.
Afinal, já sei onde você está. É só ler os seus recadinhos.

Faço um pedido: Quem quiser se expor assim, faça-o de forma consciente e depois não lamente, nem se desespere, caso seja vítima de uma armação. Mas poupe seus filhos, poupe sua vida Íntima.
O bandido te ligou pra te extorquir dinheiro também porque você deixou. A foto dos meninos estava lá. Teu local de trabalho estava lá. A foto do hotel 5 estrelas na praia estava lá. A foto da moto que está na garagem estava lá. Realmente somos um povo muito inocente e deslumbrado.
Por enquanto, temos ouvido falar de ameaças a crianças e idosos. Até que um dia a ameaça será fato real. Tarde demais. Se você me entendeu, ótimo!

Reveja sua participação no ORKUT , ou ao menos suprima as fotos E imagens de seus filhos menores
e parentes que não merecem passar por situações de risco que você os coloca. Se acha que não tenho razão, deve se achar invulnerável. Informo que pessoas muito próximas a mim e queridas
já passaram por dramas gratuitos, sem perceber que tinham sido vítimas da própria imprudência.
A falta de malícia para a vida nos induz a correr riscos desnecessários. Não só de ORKUT vive a maioria dos internautas. Temos uma infinidade de portas abertas e que por um descuido
colocamos uma informação que pode nos prejudicar. Não conhecemos a pessoa ou as pessoas que estão do outro lado da rede.. O papo pode ser muito bom, legal. Mas disponibilizar informações a nosso respeito pode se tornar perigoso ou desagradável. Portanto, cuidado ao colocar certas informações na Internet.

PS:- Passe a todos que você conhece e que utiliza o ORKUT, 1Grau, Gazzag, NetQI, Blogs, Flogs, Skype etc… para que todos Tenhamos consciência sobre o assunto e possamos colaborar com a diminuição do crime.

Marco André Vizzortti*
Professor de Informática da USP

Em tudo dai graças a Deus!

O texto pode ter sim algumas verdades, mas tem também alguns equívocos:

  1. Não sei dizer porque só no Brasil o Orkut teve a repercussão que teve, mas sei que os americanos e muitas outras populações usam o Facebook e outras redes sociais da mesma forma que os brasileiros usam o Orkut, então no fundo é a mesma coisa e não é exclusividade dos brasileiros.
  2. A história do falso seqüestro é velha e não atinge só usuários do Orkut, visto que eles costumam telefonar aleatóriamente e muitas vezes “seqüestraram” o filho de quem nem tem filho.
  3. As fotos não precisam ficar abertas para todos, é possível configurar as permissões para que apenas seus amigos as vejam, aliás, agora dá até para configurar quais dos seus amigos podem vê-las.
  4. Os recados também podem ser configurados para não serem lidos por estranhos, o mesmo vale para outros dados pessoais.
  5. O local de trabalho do suposto “Professor de Informática da USP” eu também já saberia, sem precisar do Orkut.
  6. Uma rápida busca pela plataforma Lattes diz que não foi encontrado nenhum “Marco André Vizzortti”. Sendo ele professor da USP é de se esperar que ele tivesse um currículo Lattes. Seria o tal professor tão paranóico a ponto de não ter nem um currículo Lattes? Procurando também o nome dele no Google os únicos textos que aparecem são relacionados a esse texto sobre o Orkut. Como será que ele chegou a professor da USP sem ter qualquer artigo publicado? E considerando que a USP não dá cursinhos de “informática”, é estranho que ele tenha se identificado dessa forma. O mais provável é que ele teria se identificado como professor de “computação” ou especificando o instituto em que trabalha. Diante disso tudo, creio que é grande a probabilidade de que esse professor tenha sido simplesmente inventado para tentar dar alguma credibilidade a esse texto, assim como acontecem nos “hoax”.
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Caio

Bom, acho que tem alguns problemas no texto sim, como os apontados por você. Ainda sim, acredito que o espírito do texto é extremamente coerente. É fato que as pessoas se expoem muito no Orkut (não só no Orkut, nem muito menos só no Brasil), e muitas veses isso pode sim trazer um problema grave de privacidade, e em alguns casos até de segurança. Pode ser que tenham maneiras de controlar quem ve o que no seu perfil, mas ninguém está a salvo. Uma coisa que acho que não ficou clara ainda para a maioria dos usuários de internet é que a esmagadora maioria das coisas feitas na rede, embora aparentem que não, são permanentes e em geral irreversíveis. É aquela velha história: uma vez na rede, não da mais pra tirar. As veses seus próprios amigos (amigos de verdade sem nenhuma má intenção) podem acabar te expondo, sem nem mesmo perceber. Por exemplo, só pode ver seu perfil no Orkut quem você deixar. Seu amigo é um desses que você deixa. Você pergunta o telefone de alguem, e ele passa por scrap. Logo em seguida, você deleta o scrap, mas envia um scrap para ele confirmando o número. Pronto,… Ler mais »

Ricardo

Sinceramente, neste caso é irrelevante o autor do texto ser ou nāo um professor da USP. Nāo acho que hoax seria uma forma apropriada de descrever porque hoax indica algo com informaçāo errada, o que claramente nāo é o caso.

Qualquer pessoa com o mínimo de bom senso sabe que nāo se deve colocar o telefone para qualquer um ter acesso, no seu perfil do Orkut, por exemplo.

Concordo plenamente com o texto e creio que muitas pessoas nāo tem nem idéia de que com um simples acesso, um desconhecido pode ter acesso a informaçōes sobre sua vida íntima e acho que isso é ainda mas preocupante porque pessoas muito novas utilizam esse tipo de serviço, sem nem ter idéia muitas vezes do que é razoável ou nāo expor em seu perfil.

Devemos sim mandar esse texto para todos os conhecidos, pois sem que tem muuuuita gente por ai que acha que só pq é internet, tudo é virtual..

Mil

Pra mim este texto serve pra fazer exatamente o que ele mesmo aponta:Crimes virtuais. Eu não encaminho este e-mail pra ninguem, tb tinha feito a busca com o nome do suposto professor e so se encontra o seu nome relacionado a este texto. É obvio que é uma fraude. Ou seja, uma fraude que rebate outro tipo de fraude não pode ser algo que se deva dar crédito.

Merlin

O texto é mais uma maneira de observar a irresponsabilidade que temos ao repassar informações. Junto com este, existem vários que vem sempre com aquela nota no final: ‘se você ama alguém, repasse esse e-mail’. E junto com esse repasse, se passa sua lista inteira de contatos, que depois tem que receber os spans e propagandas por alguém ter colocado você numa lista desta. Acredito que informações de bem público devem ser repassadas, mas vale dizer que o sucesso de e-mails como este se deve exatamente porque os idiotas que montam tais e-mails usam notícias que julgam que vão ser repassadas. Bah!!! Devemos ser mais criteriosos na hora de ficar enchendo as caixas postais eletrônicas de nossos amigos com porcarias como estas.
Manu Menot, estudante de Direito

Bruno

Concordo com tudo, fora essa parte: “E considerando que a USP não dá cursinhos de “informática”, é estranho que ele tenha se identificado dessa forma. O mais provável é que ele teria se identificado como professor de “computação” ou especificando o instituto em que trabalha.”
Para sua informação, a USP dá sim o “cursinho de informática” que você citou, mais especificamente BACHARELADO EM INFORMÁTICA no Campus de São Carlos… procure pesquisar melhor antes de escrever essas besteiras por aí.

Regina

Concordo e até repassei o texto do início da página (com os devidos créditos), para quem me encaminhou esse texto bobo do “professor”.
Há mais uma coisa: a classe média não consegue se enxergar. Acha que vai ser vítima, por exemplo, de um sequestro arquitetado; que se puser fotos de uma viagem no Orkut (normalmente com mochila da CVC, viagem paga em 6 vezes sem juros e estourando o limite do banco), isso vai ser chamariz para bandidos. Estes nos apanham é nos semáforos e pelas ruas da cidade, de qquer jeito. Já o bandido que se propõe a gastar tempo estudando os hábitos da vítima vai atrás de milionários, não da maioria que está no Orkut.

Lucas

Pensei quase nas mesmas coisas que você assim que li.

Tatiana Rocha

Sou aluna da USP, tenho acesso a um mecanismo de busca de discentes e docentes… esse professor não existe!

Léo

fui da usp e se um professor de lá escrevesse um artigo com tamanha superficialidade o trato com redes sociais, ou novas formas de interação social ele seria ridicularizado ou totalmente menosprezado…
mas “professor de informática” foi complicado mesmo… ainda que exista este bacharelado (que pessoalmente desconhecia) nenhum professor se proclamaria de forma tão genérica…

Luciana

Acho que o autor do texto quis “acoplar” mais importância ao que tinha para dizer quando assinou em nome de um “professor de informática da USP”. Ao invés disso, o que conseguiu foi tirar o foco do que escreveu… Na minha opinião, o email não diz nada que fuja ao bom-senso (das pessoas mais precavidas…) e portanto não faz muita diferença saber quem o escreveu. E ao verdadeiro autor, caso venha a ler este comentário, fica a dica: de uma outra vez, escreva como “autor anônimo” que será melhor…

João Luiz

Entendo que todos acima tem razão em suas colocações, tanto quanto ao autor da chamada, quanto aos ríscos do Orkut. O que importa é que todos vocês filtram autores e assuntos, fazendo com que a internet tenha em seu bojo menos lixo. Nesse caso, o objetivo “verdadeiro” do artigo foi alcançado, bem como a contestação de cada um. Vocês estão com isso fazendo a sua parte. Isso é o que importa. Parabéns.

CLAUDIO

Primeira coisa , bote fotos de paisagens , outras fotos oimita dados pessoais ou invente , vamso ver se aparecerá algum sequestrador , ou seja conhecimentos defasados, ninguém se interessa por pessoas espertas que sacam logo as coisas, bote minimo possivel de informações, vai ver se atrai alguém perigoso , eles não se interessam por isso.

D

o tal Marco André Vizzortti nem existe… nem possue curriculo lattes!

abraço!

TOM

O orkut pegou mais no brasil pk e de 5 categoria e copia tudo das outras redes com meses de atraso! depois que no brasil algo pioneiro nao cai nem k nao preste! mas nas outras redes sociais como facebook e hi5 os ususarios sao mais discretos e nisto o inexistente professor ta certo! nos nos expomos demais! agor a o golpe esta em fazer as pessoas mandarem mais emails e exporem seus emails aos piratas! nao se deve repassar como tais de criancas sumidas etc

TOM

mas que e ridiculo se expor muito isto e! quem viver fora do brasil podera se cuidar um poko mais e ver pk o crime la fora e menos : pk muita coisa se evita e nao so com isto mas com muitas coisas tambem! ha um outro sociologo tambem que da conselhos sobre email e e mais coerente que este MARCO!

Luciomar

Srs (as)…

Se formos levar ao extremo as preocupações, nem sairíamos de casa.
Apenas sejamos moderados, sóbrios e responsáveis sobre o que compartilhamos da nossa vida particular.

Julieta

Concordo com tudo isso, mas é importante não esquecermos que expormos demais sua vida não deve muito bom mesmo…

Alice

Bom dia,
Provavelmente o professor nao exista, mais a internet em si independente de Face, Orkut e etc, Sem duvidas nos expoe. Amigos de anos ja me reencontraram, empresas, e ai infelizmente pras pessoas do mal, tbem vou estar exposta. Agora se eu utilizasse internet em um pais com um alto indice de violencia, e que as leis nao punem o eixo do mal como deveria sinceramente ficaria muito preocupada. Sem duvidas nos tornamos presas facieis pro bandido usando o Face, Orkut e etc…
Cabe a cada um pensar sobre isso, e como tem formas de nao tornar publico nossas informacoes, se proteger ao maximo. Agora o unico digamos que “chato” e que o carro, a sua foto do book, sua viagem e etc…vc so podera mostrar para “amigos” e nao pro mundo ou inimigos que vc queira provocar inveja, risos….
Alice
USA

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