[Review] Microgeração de Energia – Sistema Fotovoltaico On-Grid (Energia Solar)


Neste artigo falo sobre um Sistema Fotovoltaico On-Grid usado para Microgeração de Energia, o qual converte a luz solar em energia elétrica e alimenta todos os dispositivos elétricos da casa. A energia excedente é enviada para a rede da concessionária de energia, gerando créditos que podem ser usados para pagar a energia consumida no período da noite, nos dias chuvosos ou mesmo nos horários de maior consumo onde a energia gerada pelo sistema não é suficiente.

Recentemente eu adquiri um desses sistemas, e decidi relatar aqui a minha experiência, pois quando eu estava para adquiri-lo, procurei muitas informações na Internet e não encontrei. A maioria das informações estão em sites de empresas que vendem os tais sistemas, e tendem a ser demasiadamente otimistas, além de omitir valores e detalhes técnicos. Então aqui eu pretendo passar a visão de um cliente, usuário do sistema, apontando as vantagens e desvantagens de ter um, os detalhes técnicos do sistema e os números, tanto os de consumo/geração quanto os financeiros.

O que é Microgeração de Energia?

Quando se fala em energia solar, muita gente já pensa logo em aquecedores de água e na economia com o chuveiro elétrico. Isso é feito com placas solares e um boiler, e é a maneira mais comum de aproveitar a energia solar.

Mas o que muita gente ainda não sabe é que já é possível usar a energia solar para gerar energia elétrica, e assim alimentar não apenas o chuveiro, mas todos os dispositivos elétricos da casa, com uma redução bastante grande na conta de energia elétrica.

Em 2012, a ANEEL regulamentou no Brasil a microgeração e a minigeração de energia e o sistema de compensação. A microgeração consiste em geradoras com potência instalada de até 75 kW, e a minigeração em geradoras com potência instalada de até 5 MW. Para residências, o que interessa é a microgeração. O meu sistema, por exemplo, é de 3,6 kWp. Isto significa que nos momentos de sol mais intenso, meu sistema estará gerando 3,6 kW de potência, o que dá e sobra para alimentar os equipamentos elétricos de minha casa, exceto quando o chuveiro ou algum equipamento mais “gastão” está ligado. Mas como eles ficam ligados pouco tempo, no saldo geral 3,6 kWp é suficiente para mim.

O sistema de compensação é o que permite que a energia excedente gerada pelos nossos sistemas seja injetada na rede da concessionária, para ser usada por outros clientes, e gerando créditos para nós. Estes créditos podem ser usados para pagar a energia que consumimos da rede, quando nosso sistema não está trabalhando ou não está dando conta da demanda.

Este sistema de compensação é essencial para viabilizar a energia solar pois, por motivos óbvios, ela é gerada apenas durante o dia, mas também precisamos de energia elétrica durante a noite. É claro que poderíamos usar baterias e ficar totalmente livres da concessionária, mas baterias são caras e duram poucos anos. Isso inviabilizaria o sistema financeiramente. O mesmo vale para energia eólica, pois ventos também são intermitentes e ainda não temos tecnologia para “estocar vento” como dizia uma certa ex-presidente (desculpem, não resisti 🙂 ). Hidrelétricas não tem este problema, pois com as barragens armazenam a água, e deixam ela passar pelas turbinas apenas na quantidade suficiente para gerar a energia necessária, conforme a demanda, em qualquer dia ou horário.

Os Componentes do Sistemas Fotovoltaicos On-Grid

Um Sistema Fotovoltaico On-Grid é composto de dois componentes principais: os painéis fotovoltaicos e um inversor. Vamos falar sobre cada um deles.

Os Painéis Fotovoltaicos

Os painéis fotovoltaicos recebem a luz solar e a transformam em energia elétrica. São semelhantes aos que são utilizados em sistemas que aquecem água, porém em vez de aquecer a água geram energia elétrica. Normalmente estão em maior quantidade, para atender a necessidade energética da casa toda. Em áreas urbanas são tipicamente instalados em telhados.

A quantidade de painéis depende da capacidade do sistema. No meu sistema de 3,6 kWp são 11 painéis de 2 x 1 metro. Deste modo, eles ocupam uma área pouco maior que 22 metros quadrados no telhado.

Panorâmica dos Painéis Fotovoltaicos (ignorem a distorção).

Panorâmica dos Painéis Fotovoltaicos (ignorem a distorção).

Painéis Fotovoltaicos instalados no meu telhado.

Painéis Fotovoltaicos instalados no meu telhado.

Painéis Fotovoltaicos instalados no meu telhado.

Painéis Fotovoltaicos instalados no meu telhado.

Painéis Fotovoltaicos instalados no meu telhado.

Painéis Fotovoltaicos instalados no meu telhado.

Painéis Fotovoltaicos instalados no meu telhado.

Painéis Fotovoltaicos instalados no meu telhado.

Os painéis em questão são da Canadian Solar, modelo CS6U-330P. Pelas especificações, cada um deles gera uma potência máxima de 330W. Multiplique por 11 e chegamos aos 3,63 kWp do meu sistema. A corrente gerada é contínua. Em funcionamento ótimo, essa corrente chega a 8,88A com uma tensão de 37,2V. As placas são ligadas em série. Portanto, a tensão pode chegar a 409,2V.

As placas recebem o selo da Procel, e recebem a classificação A, atribuída aos produtos de maior eficiência. No selo consta que a eficiência energética é de 16,99%, a potência de 330W, e a produção média mensal de energia de 41,29 kWh/mês. Não sei exatamente como chegaram nesse valor, uma vez que muita coisa influencia na produção: o clima, a posição em que as placas foram instaladas, a região do Brasil em que estão instaladas, dentre outras.

Se a estimativa é correta, o sistema todo, com 11 placas, gera 454,19 kWh/mês. Meu sistema gerou exatamente 488,4 kWh em janeiro e 476,3 kWh em fevereiro, acima da média considerada pela Procel. Considerando que fevereiro tem 3 dias a menos, a produção de fevereiro na verdade foi maior, apesar dos dias mais curtos. Janeiro foi um mês bastante chuvoso, o que explica a diferença. É claro que não posso extrapolar essas medições para o restante do ano, pois daqui até junho os dias ficarão cada vez mais curtos, e daí em diante ficarão cada vez mais longos, até chegar dezembro. Por outro lado, os meses de outono e inverno são menos chuvosos. De qualquer forma, o sistema parece ser adequado para quem consume em torno de 500 kWh/mês, como explicarei mais adiante.

Ficha técnica dos painéis solares.

Ficha técnica dos painéis solares.

Selo da Procel nos painéis solares.

Selo da Procel nos painéis solares.

Chicote de ligação nos painéis fotovoltaicos.

Chicote de ligação nos painéis fotovoltaicos.

Painel fotovoltaico, visto por baixo.

Painel fotovoltaico, visto por baixo.

Painel fotovoltaico, visto por cima.

Painel fotovoltaico, visto por cima.

A instalação pode ser feita em vários tipos de telhado. O meu é de telhas cerâmicas, com armação de madeira. Nesse caso furaram as telhas para prender os suportes na própria madeira. Os suportes tem rosca auto-atarraxante e borrachas para vedar a telha no local do furo. Desse modo a carga dos painéis fica sobre a madeira, e não sobre as telhas. Eles não são muito pesados, pois tem armação de alumínio. A maior parte do peso deve ser por conta do vidro temperado.

Idealmente o telhado deve ter espaço para que os painéis fiquem uma ao lado da outra, de modo que sejam conectadas em série com o próprio chicote. É possível fazer jumpers, mas os instaladores parecem não gostar muito de fazê-los. Eles chamam um conjunto de placas montados lado a lado de mesa. No meu caso usaram duas mesas, uma com 6 painéis e outras com 5, e fizeram um jumper de uma para outra, pois não havia espaço para 11 painéis lado a lado. No telhado em questão não haviam obstáculos (antenas, etc.), o que evitou o uso de jumpers adicionais.

Os telhados ideais para os painéis solares são aqueles voltados para o norte, de modo que tenham a maior incidência de sol possível. É possível instalar os painéis em telhados voltados para o leste ou para o oeste, mas nesse caso há uma perda de cerca de 15% a 20%, por conta do sol do início da manhã ou do final da tarde que não incidirão diretamente. Não se deve instalar os painéis em telhados voltados para o sul. Essas direções naturalmente se aplicam a instalações feitas no hemisfério sul, onde fica a maior parte do Brasil. No hemisfério norte é o contrário, deve-se instalar os painéis em telhados voltados para o sul. No meu caso, o telhado todo da edícula é voltado para o norte, o que permitiu uma instalação com o posicionamento ideal.

Cabe destacar que o sistema também funciona em dias nublados ou mesmo chuvosos, mas a quantidade de energia gerada é bastante menor que a de um dia ensolarado.

Os painéis do meu sistema tem garantia de 10 anos, e uma vida útil estimada de cerca de 25 anos.

O Inversor de Frequência e a String Box

O Inversor de Frequência é outro item essencial de um sistema fotovoltaico, pois é ele quem converte a corrente contínua que chega dos painéis fotovoltaicos para a corrente alternada, que usamos em nossos equipamentos. No Brasil há uma grande salada de padrões de tensão. Na minha região, e especificamente na minha residência, recebo duas fases de 127V, também chamado de 220V bifásico. Assim, o inversor se encarrega de transformar a corrente contínua em corrente alternada de 127V, em duas fases. Em regiões que usam o 220V monofásico deve-se usar outro modelo de inversor, naturalmente.

O inversor do meu sistema também é da Canadian Solar, modelo CSI-5K-MTL. Ele trabalha com uma tensão máxima de entrada de 550V com corrente de 15A. A tensão de entrada pode variar entre 80V e 550V. A saída é em 220V, 50Hz ou 60 Hz (no Brasil usamos 60 Hz). Potência máxima de saída de 5000W e 22,7A. O fator de potência é > 0,99. Índice de proteção IP65, o que significa que ele é totalmente protegido contra poeira e protegido contra jatos d’água. Como meu sistema é de 3,6 kWp, eu ainda posso acrescentar mais placas solares se quiser amplia-lo, sem precisar mexer com o inversor.

A instalação do inversor da Canadian Solar.

A instalação do inversor da Canadian Solar.

A ficha técnica do Inversor da Canadian Solar.

A ficha técnica do Inversor da Canadian Solar.

Observando a foto do inversor, podemos ver que na sua parte inferior esquerda há dois fios entrando: preto e vermelho. É por eles que vem a corrente contínua gerada pelos painéis solares. Do lado direito temos três fios: as duas fases e o neutro, ligados à rede da casa, onde a corrente alternada é injetada.

O dispositivo branco conectado na parte de baixo do inversor é um dongle WiFi opcional. Com ele configurado, o inversor envia continuamente todos os dados do sistema para um serviço online, que pode ser acessado via aplicativo de celular ou um serviço web para termos acesso à gráficos e estatísticas de geração de energia do nosso sistema. Vou falar deles mais adiante.

O inversor de frequência funciona com a própria energia solar. No final da tarde, quando o sol se põe, ele se desliga automaticamente. Na manhã seguinte, ele liga automaticamente. Há um interruptor para desliga-lo, mas só é preciso mexer nele em caso de manutenção do sistema. Ele também conta um display LCD, que mostra várias informações sobre o sistema. É bastante silencioso, faz um leve ruído quando está em funcionamento, mas quase imperceptível.

Este inversor de frequência da Canadian Solar tem garantia de 5 anos, não precisa de manutenção e sua expectativa de vida é a mesma dos painéis solares.

Cabe destacar que, por medida de segurança, o inversor só funciona quando já há corrente alternada presente na saída. Isso quer dizer que, mesmo que esteja um sol de rachar, o sistema não vai gerar energia caso a rede da concessionária interrompa o fornecimento. Isso evita acidentes com os funcionários da concessionária, que poderiam receber uma descarga elétrica vinda dos clientes com microgeração ao fazer manutenção na rede da concessionária.

A caixinha ao lado esquerdo do inversor de frequência é uma string box. É um equipamento de proteção que isola os painéis fotovoltaicos, impedindo acidentes elétricos. Dentro dele há um disjuntor e há alguns DPS – dispositivo de proteção contra surtos, que desviam eventuais descargas para o aterramento. Por algum motivo que eu não compreendo, o eletricista que fez a instalação usou o fio neutro como aterramento, em vez do fio do próprio aterramento.

A caixinha ao lado direito do inversor de frequência é apenas uma caixa de disjuntores, que podem interromper a entrada/saída de corrente alternada no inversor. Normalmente os disjuntores só precisam ser desligados em caso de manutenção, e só vão desarmar em caso de surtos. Nunca mexi nos meus.

O pequeno cano de metal entre as duas caixinhas serve apenas para levar o fio neutro para a spring box, que é usado como aterramento. As carcaças de alumínio das placas são interligadas e ligadas ao neutro, para o caso de descargas elétricas. Novamente, não sei porque não usaram o próprio fio de aterramento…

O cano de metal maior que sai da spring box (o do lado esquerdo) vai até a laje. É por ele que passa a fiação que traz a corrente contínua das placas solares. O cano de metal maior do lado direito é o que leva a corrente alternada, já convertida pelo inversor, para a rede elétrica da casa. Os condutores costumam ficar aparentes porque tipicamente não há conduítes prontos para essa aplicação nas casas, e os instaladores normalmente só fazem a instalação aparente, ou seja, eles se encarregam de furar a laje, mas não ficam quebrando paredes.

Antes da instalação eu tinha dúvidas se a corrente alternada poderia ser derivada de qualquer ponto da rede, se teria que ser dos disjuntores principais, da caixa de disjuntores principal ou mesmo de qualquer caixa de disjuntores. Eu até tentei questionar isso aos vistoriadores que vem analisar os requisitos da casa, telhado, etc. antes de comprar o sistema, mas eles não souberam responder.

Como eu queria colocar o sistema na edícula, o ideal era conecta-lo na caixa de disjuntores da edícula, que não é a caixa principal, pois ela é derivada da caixa de disjuntores principal, que fica na casa. Se tivesse que conectar o sistema na caixa principal, teria que levar mais fiação para a edícula e não há conduítes para isso. Temendo a inviabilidade do sistema, calculei a corrente que ele poderia usar. São no máximo 3600W divididos em duas fases de 127V, portanto um máximo de 14,17A. Como os cabos que vão do disjuntor principal para o da edícula são de 16mm, essa corrente é tranquila para eles.

Fiquei na expectativa, mas no dia da instalação, o eletricista confirmou que poderia pegar a rede em qualquer ponto. E assim pegou da minha caixa de disjuntores da edícula. Pegou direto do barramento, sem disjuntores, pois o próprio sistema já tem disjuntores naquela caixinha da direita, como já vimos.

Outra questão que me intrigava era o local para instalar o inversor e demais equipamentos. O vistoriador falou numa parede com largura de 1 metro disponível. Disse que poderia ser no quintal, mesmo a céu aberto. O beiral da casa protegeria um pouco, mas ele ainda pegaria sol e chuva. A proteção IP65 do inversor teoricamente permite isso. Mas para garantir eu já fiquei decidido a instalar em local fechado, em um pequeno corredor. O eletricista da instalação confirmou que a instalação teria que ficar em local fechado. E assim foi feito.

Medidor Bi-direcional

Para fazer uso de microgeração de energia é preciso trocar o medidor de energia convencional por um medidor bi-direcional. O medidor bi-direcional conta tanto a energia consumida pelo cliente, quanto a injetada, para que os créditos possam ser contabilizados.

Para sistemas de microgeração, a concessionária faz a troca do medidor sem custo. Porém, cabe destacar que eles foram um tanto enrolados e demoraram para fazer essa troca, que acabou ocorrendo quase um mês após a instalação do sistema. Além disso, enviaram um par de funcionários que se recusavam a mostrar documento de identificação na portaria do condomínio, o que é norma de segurança. Com isso foram embora sem realizar o serviço por duas vezes, atrasando ainda mais a instalação.

O Aplicativo de Celular e o Serviço Web

Como dito anteriormente, o inversor de frequência da Canadian Solar tem um dongle WiFi opcional, que no meu caso veio junto com o sistema. Quando configurado, ele envia periodicamente as informações para um servidor na nuvem. Através de um site web ou de um aplicativo para Android ou iOS, podemos acessar as informações sobre nosso sistema, estatísticas, gráficos, etc. Desse modo não acessamos diretamente os dados no equipamento, e podemos acessa-los em qualquer lugar e qualquer horário, mesmo à noite quando o inversor está desligado.

O site em questão é o http://www.smten.com/. Não é dos mais rápidos, ainda tem algumas falhas, mas funciona. Cabe notar que alguns gráficos estão 1 hora adiantados, pois eu não havia ajustado o fuso horário para GMT-3 após o fim do horário de verão.

Esta é a minha dashboard hoje:

Meu Dashboard no site SMTEN.

Meu Dashboard no site SMTEN.

Nela também posso ver a produção diária, a produção mensal, dentre outras:

Gráficos detalhados da planta.

Gráficos detalhados da planta.

Produção Diária, exibida no site SMTEN.

Produção Diária, exibida no site SMTEN.

Produção Mensal, exibida no site SMTEN.

Produção Mensal, exibida no site SMTEN.

Podemos ver gráficos detalhados e exportar os dados para planilhas:

Gráficos detalhados da planta.

Gráficos detalhados da planta.

Gráficos detalhados da planta.

Gráficos detalhados da planta.

Aqui vemos o datalog configurado e ativo, com as informações do último acesso:

Datalog configurado, enviando dados do inversor.

Datalog configurado, enviando dados do inversor.

Nesta outra aba, é possível gerar gráficos, dar zoom em pontos específicos e também exporta-los no formato PNG:

Gerando gráficos de produção.

Gerando gráficos de produção.

Gráfico diário de produção, exportado no formato PNG.

Gráfico diário de produção, exportado no formato PNG.

Gráfico mensal de produção, exportado no formato PNG.

Gráfico mensal de produção, exportado no formato PNG.

Gráfico anual de produção, exportado no formato PNG.

Gráfico anual de produção, exportado no formato PNG.

Também é possível configurar um e-mail e receber dados em uma planilha periodicamente.

Quanto ao aplicativo, ele se chama SMTEN e está disponível para Android e iOS. No Android, apesar do manual dizer que ele está disponível na Play Store, ele não está. Tive que baixar o .apk do próprio site e instala-lo manualmente. O aplicativo mostra basicamente as mesmas informações que o site, porém costuma ser mais rápido. Não testei o aplicativo de iOS.

Dados atuais da planta, com corrente gerada no momento.

Dados atuais da planta, com corrente gerada no momento.

Corrente gerada no momento e gráfico do dia.

Corrente gerada no momento e gráfico do dia.

Alguns parâmetros do Inversor.

Alguns parâmetros do Inversor.

Gráfico de geração de energia de ontem (24/03/2018).

Gráfico de geração de energia de ontem (24/03/2018).

Dados de geração de energia a cada 5 minutos.

Dados de geração de energia a cada 5 minutos.

Dados de geração de energia a cada 5 minutos.

Dados de geração de energia a cada 5 minutos.

Gráfico de geração de energia em março de 2018.

Gráfico de geração de energia em março de 2018.

Gráfico de geração de energia em fevereiro de 2018.

Gráfico de geração de energia em fevereiro de 2018.

Gráfico de geração de energia em janeiro de 2018.

Gráfico de geração de energia em janeiro de 2018.

04/01/2018, o dia em que mais energia foi gerada: 23,8 kWh.

04/01/2018, o dia em que mais energia foi gerada: 23,8 kWh.

Geração nos três primeiros meses de 2018 (lembrando que março ainda não acabou no momento em que tirei o screenshot).

Geração nos três primeiros meses de 2018 (lembrando que março ainda não acabou no momento em que tirei o screenshot).

Estatísticas e gráficos de geração em março de 2018.

Estatísticas e gráficos de geração em março de 2018.

Estatísticas e gráficos de geração em fevereiro de 2018.

Estatísticas e gráficos de geração em fevereiro de 2018.

Estatísticas e gráficos de geração em fevereiro de 2018.

Estatísticas e gráficos de geração em fevereiro de 2018.

Quanto Custa o Sistema?

Este é o ponto crítico dos Sistema Fotovoltaico On-Grid e provavelmente é a razão pela qual este tipo de sistema ainda não está muito disseminado. Um sistema de 3,6 kWp como o meu custa atualmente cerca de R$ 21.500, incluindo todos os equipamentos e a instalação.

Em lojas online não encontrei equipamentos da Canadian Solar, mas encontrei sistemas de 3,25 kWp (10 placas) e 3,9 kWp (12 placas) da Centrium Energy, custando R$ 17.124,72 e R$ 18.924,31, respectivamente. Adicione aí o custo de instalação e chegamos fácil nos R$ 21.500.

Minhas últimas 3 contas de energia antes da instalação do sistema custaram cerca de R$ 350 cada. Após a instalação, esse valor caiu para cerca de R$ 60,00. Ou seja, são mais de 6 anos apenas para o sistema se pagar, e só então a economia começaria a aparecer.

É um investimento muito alto e com retorno demorado. Poderia ser vantajoso com algum tipo de financiamento também de pelo menos 5 anos, mas não sei se existe algo assim. Infelizmente nosso governo parece não se importar muito em promover o uso de geração própria de energia e o uso de energia mais limpa, o que aliviaria as hidroelétricas, reduziria o uso de termoelétricas e seus malditos adicionais de bandeira amarela e vermelha, e possivelmente reduziria também os constantes apagões.

Por exemplo, a Alemanha recebe consideravelmente menos luz solar que o Brasil. O local mais ensolarado da Alemanha ainda recebe menos sol que o local menos ensolarado do Brasil. Mesmo assim, a Alemanha é líder em energia fotovoltaica. Para incentivar o uso da auto geração, a energia gerada pelos clientes vale até 7 vezes mais que a energia fornecida pela concessionária. Ou seja, o cliente só precisa gerar um sétimo do que consome para zerar a conta. No Brasil é 1 para 1 e ainda não dá para zerar, como veremos mais adiante. Este é mais um caso onde a Alemanha literalmente ganha do Brasil de 7 a 1. Por lá, a regulamentação da microgeração também saiu bem antes. O Brasil está sempre atrasado, em tudo.

Mas nem tudo está perdido. Eu não paguei o valor integral do sistema! Ocorre que existe uma resolução da ANEEL (Resolução ANEEL n° 556/2013), que obriga as concessionárias a investirem em “Programas de Eficiência Energética”. Várias delas tem cumprido essa obrigação subsidiando a instalação de sistemas fotovoltaicos on-grid para clientes.

No meu caso, o sistema custava R$ 21.500,92 e o subsídio foi de R$ 15.926,61 (74%), de modo que paguei exatos R$ 5.574,31 por tudo. O pagamento foi à vista, doeu no bolso mas está valendo a pena. Com a economia que venho tendo na conta de energia, o sistema já terá se pagado em menos de 2 anos.

A oferta foi feita pela própria concessionária, por e-mail, em abril do ano passado. Havia cinco opções de sistema disponíveis:

Opção de sistemaRecomendado para consumos entre¹Economia mensal estimada Valor OriginalDesconto do projetoValor a ser pago pelo consumidor²Retorno do investimento (anos)Vida útil do sistema (anos)
1300-400 kWh/mêsR$ 229,84R$ 15.253,52R$ 11.298,90R$ 3.954,621,425
2400-500 kWh/mêsR$ 275,81R$ 17.146,97R$ 12.701,46R$ 4.445,511,325
3500-600 kWh/mêsR$ 321,78R$ 21.500,92R$ 15.926,61R$ 5.574,311,425
4600-700 kWh/mêsR$ 413,71R$ 25.054,57R$ 18.558,94R$ 6.495,631,325
5>700 kWh/mêsR$ 551,62R$ 33.750,26R$ 25.000,19R$ 8.750,071,325

Eu me interessei, pedi mais informações e pediram para eu enviar uma carta assinada digitalizada, já com a opção de sistema. Optei pelo sistema 3. Posteriormente pediram a mesma carta, mas por Correios. Em novembro a empresa que fez a instalação veio verificar a viabilidade técnica. No mesmo mês fiz o pagamento e a nota fiscal foi gerada. A instalação ocorreu no início de dezembro, pela empresa terceirizada, mas apenas no final de dezembro é que a concessionária fez a troca do medidor e eu pude finalmente usar o sistema.

O projeto em questão foi feito para apenas 100 clientes em duas cidades e já deve estar concluído. Nem sei dizer como me escolheram, uma vez que eu nunca procurei ninguém com relação à isso. Sei que várias concessionárias tem feito esse tipo de projeto e algumas tem aceitado projetos que lhes são enviados por terceiros. De qualquer forma, os subsídios tem atendido um número pequeno de residências.

Note que meu consumo na verdade se enquadra entre 400 e 500 kWh/mês, então eu poderia ter optado pelo 2. Eu preferi gastar um pouco mais e optar pelo sistema 3 para ter alguma folga, pois se precisasse ampliar o sistema posteriormente eu não teria o subsídio. Se eu tivesse optado pelo sistema 2, o sistema se pagaria em ainda menos tempo, dentro dos 1,3 anos previstos pela concessionária.

É Possível Zerar a Conta de Energia?

Resposta curta: Não! Não é possível zerar a conta de energia, mesmo gerando mais energia do que consumimos. Os motivos são basicamente três:

(1) É preciso consumir um mínimo de 50 kWh/mês da concessionária

Mesmo gerando mais energia do que consumo, eu ainda preciso consumir 50 kWh da concessionária por mês. Por exemplo, digamos que em um determinado mês eu gerei 300 kWh e consumi 300 kWh. Teoricamente minha conta zeraria. Mas na prática o que acontece é que eu vou ter que pagar por 50 kWh para a concessionária, usando apenas 250 kWh dos que gerei. Os outros 50 kWh gerados ficarão como crédito para o(s) próximo(s) meses.

Sobre os 50 kWh incidem ICMS, PIS e CONFINS. O total é cerca de R$ 35 pela tarifa atual. Isso vale para meses em que não há adicional de bandeira amarela ou vermelha, essa herança maldita do PT. Nos meses em que tem adicional, também temos de paga-lo sobre os R$ 35.

Não vou dizer que isto seja injusto, afinal estamos usando o sistema da concessionária para “guardar” o nosso excedente e usar mais tarde. Sem a concessionária precisaríamos de um banco de baterias, e o custo certamente seria muito maior do que os 50 kWh pagos para a concessionária.

(2) O Alckmin quer o ICMS sobre o uso do sistema mesmo para a energia compensada

Aqui já vem uma bela sacanagem. Não sei se ocorre em todos os estados, mas pelo menos aqui em São Paulo o governo não abre mão de cobrar ICMS sobre o uso do sistema, ainda que a concessionária não cobre por isso.

Por exemplo, na minha conta de fevereiro, consumi 274 kWh e injetei 224 kWh. Na verdade injetei mais, mas o restante ficou de crédito, lembre-se que 50 kWh (274 – 224 = 50) eu preciso pagar.

Detalhamento de conta - Fevereiro de 2018.

Detalhamento de conta – Fevereiro de 2018.

A tarifa de energia é dividida em duas: TE e TUSD. A primeira é a tarifa de energia (TE) e a segunda é a tarifa de uso do sistema (TUSD). Quando consumimos, essas tarifas são debitadas, mas quando injetamos elas são creditadas. As alíquotas de ICMS também são debitadas e creditadas para a TE, mas para a TUSD elas são apenas debitadas. Na conta elas estão aparecendo creditadas, mas é um erro do sistema da concessionária. Eles creditam em um mês mas debitam de novo no mês seguinte. Veja que os R$ 17,37 de ICMS sobre a TUSD que foram debitados e creditados na conta de fevereiro aparecem debitados novamente na conta de março como “COML. ICMS COBRADO”.

Detalhamento de conta - Março de 2018.

Detalhamento de conta – Março de 2018.

O valor tende a variar conforme o consumo de energia da rede. Em março eu consumi menos da rede e portanto o ICMS da TUSD compensada será de R$ 14,92.

De qualquer forma isso me parece uma baita sacanagem, e não foi me informado antes de eu adquirir o sistema. Disseram que eu pagaria apenas o mínimo de R$ 35,00. Na prática, com o ICMS da energia injetada esse valor já vai saltar para R$ 50 a R$ 55, dependendo do consumo.

A única maneira de reduzir um pouco esse ICMS é tentar concentrar o uso de energia durante o dia, quando é possível. Por exemplo, deixando para usar a máquina de lavar roupas durante o dia, estaremos consumindo energia diretamente do nosso sistema. Se deixarmos para usar a máquina à noite, estaremos injetando a energia durante o dia para depois usar à noite, e assim pagando o ICMS pelo uso do sistema.

(3) Cobrança de Iluminação Pública para a Prefeitura

Com uma mudança de legislação, as prefeituras passaram a ser responsáveis pela iluminação pública. Algumas prefeituras absorveram esse custo com os impostos que já arrecadam. Em outras o prefeito e os vereadores não tem consideração alguma pelos seus eleitores e jogaram mais esse ônus para os contribuintes.

A cobrança normalmente é feita junto com a conta de energia elétrica. A legalidade dessa cobrança conjunta está sendo questionada na justiça. Mas por enquanto ela continua sendo cobrada. Com ou sem sistemas de microgeração continuamos pagando por ela.

Enfim, são essas as três cobranças (que podem ser duas ou apenas uma dependendo da cidade e estado onde é feita a instalação) que não permitem que a minha conta de energia seja zerada.

Minha geração, meu consumo e meus créditos

Conforme eu já havia relatado, minhas contas de energia ficaram na faixa dos R$ 350 cada nos últimos três meses antes da instalação do sistema. Antes disso elas oscilavam em torno dos R$ 300. Em termos de kWh, esse foi o meu consumo nos últimos 13 meses antes da instalação do sistema:

Meu histórico de consumo antes da instalação do sistema fotovoltaico.

Meu histórico de consumo antes da instalação do sistema fotovoltaico.

O maior consumo no período foi em outubro de 2017, com 465 kWh. Considerando que 50 kWh precisam ser pagos para a concessionária, eu preciso gerar em média 415 kWh por mês para pagar o mínimo possível.

Meu sistema gerou 488,4 kWh em janeiro, 476,3 kWh em fevereiro e já gerou 454,2 kWh em março, que ainda não acabou. Desse modo eu venho acumulando créditos. Entre janeiro e fevereiro foram 244 kWh acumulados de crédito.

Informações sobre os créditos gerados.

Informações sobre os créditos gerados.

Eu não sei ainda como ficará a geração de energia nos meses em que os dias são mais curtos, como junho e julho. Se a geração for baixa, esses créditos serão usados.

Provavelmente eu fui bastante conservador ao escolher o sistema, pois agora me parece bastante provável que eu nem vá usar esses créditos. Na verdade, quando eu fiz as contas considerei que precisaria gerar o mesmo que consumia para pagar o mínimo possível, não considerei que 50 kWh teriam que ser pagos de qualquer forma e, portanto, o alvo deveria ser gerar 50 kWh a menos do que o consumo.

 

Para quem tem mais de um imóvel com conta em seu nome, os créditos de um imóvel podem ser usados para abater a conta de outro imóvel, mesmo que esse outro imóvel não tenha um sistema de microgeração. Não é o meu caso, mas isso é algo bastante conveniente.

Os créditos gerados podem ser usados em até 5 anos após sua geração. Então eu não estou com tanta pressa de decidir o que fazer com eles. Pode ser que até 2022 o meu consumo aumente.

Em último caso eu vou acabar usando essa energia excedente para gerar criptomoedas 😛 . Só não faço isso hoje porque com minha GTX 760 eu provavelmente não geraria nem o suficiente para cobrir o desgaste adicional dos demais componentes.

Considerações Finais

Confesso que fiquei com um pé atrás quando a oferta me foi oferecida. Parecia bom demais para ser verdade. Mas pesquisei e encontrei as resoluções da ANEEL. Depois enchi o pessoal da concessionária de perguntas, pedi as especificações dos equipamentos, pedi o contrato, enfim, enchi o saco até demais. Por fim, confiei também por ser algo da própria concessionária, e não de alguma empresa aventureira, que poderia sumir do dia para a noite.

Com pouco menos que 3 meses de uso do  Sistema Fotovoltaico On-Grid usado para Microgeração de Energia, ainda não posso dizer que já recuperei meu investimento, mas se tudo correr bem, poderei fazê-lo antes do final de 2019, e daí em diante estarei economizando pelo menos uns R$ 250 por mês na conta de energia elétrica. É um excelente investimento. Não há um investimento sem risco em que eu teria o mesmo retorno pela quantidade investida.

Eventualmente o sistema poderá precisar de alguma manutenção. Isso é algo que precisa ser considerado, mas não creio que o custo disso será maior que a economia com energia. Há alguns anos aconteceu na região um caso de chuva de granizo com pedras tão grandes que danificaram muitos telhados e veículos. Painéis solares também foram danificados nessa ocasião, por isso eu tratei de fazer um seguro residencial que cobre painéis solares para garantir.

Além disso, há também a valorização do imóvel. Por contrato eu não posso vender o sistema separadamente, mas posso vende-lo juntamente com o imóvel caso algum dia eu decida vende-lo.

Eu não mudei meus hábitos e continuo evitando deixar luzes acesas e outros desperdícios do dia a dia. Mas pelo menos hoje já posso deixar meus eletrônicos em stand by sem culpa. Se quiser investir em mais ar condicionado, tenho folga de energia para isso e poderei usa-lo também sem culpa.

Concluo dizendo que minha recomendação para o Sistema Fotovoltaico On-Grid usado para Microgeração de Energia é bastante positiva. Eu sei que sem subsídio o sistema é menos atrativo e eu também não sei se investiria nesse caso. Mas meu objetivo aqui era esclarecer como o sistema funciona e dar o meu ponto de vista de usuário, sem todo o viés de “é só vantagens” que as empresas que oferecem esses sistemas mostram. Espero ter cumprido esse papel e deixe seu comentário se tiver dúvidas ou quiser completar o artigo com mais algum ponto que não abordei.

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Atualização (01/06/2018): Mais uma vez a concessionária, Elektro, mudou as regras no meio do jogo. Agora os 50 kWh que são cobrados mensalmente não podem ser consumidos. Desse modo, se eu consumir 300 kWh e gerar 250 kWh, terei de pagar 100 kWh, sendo os 50 kWh obrigatórios e mais os 50 kWh que consumi a mais do que gerei. Já questionei-os sobre isso há duas semanas, mas ainda não obtive resposta.

Atualização (18/05/2019): Nos últimos meses, mais uma vez, a concessionária mudou as regras do jogo. Agora os 50 kWh continuam sendo cobrados mensalmente, mas o consumo extra (além da energia gerada) dentro desses 50 kWh não é descontado dos créditos. A geração extra (além da energia consumida) acumula normalmente, mas sem contar os 50 kWh pagos. Além disso, o ICMS de 25% referente à tarifa TUSD (uso do sistema) continua sendo cobrada sempre, pois essa não pode ser compensada.

Alguns exemplos:

  • Se consumi 300 kWh e gerei 280 kWh, vou pagar por 50 kWh, e nada será descontado dos meus créditos.
  • Se consumi 300 kWh e gerei 230 kWh, vou pagar por 50 kWh e 20 kWh serão descontados dos meus créditos.
  • Se consumi 300 kWh e gerei 320 kWh, vou pagar por 50 kWh e 20 kWh serão acrescentados aos meus créditos.

Na prática, os 50 kWh são obrigatoriamente pagos e podem ser usados para cobrir a diferença entre o consumido e o gerado, mas se a diferença ficar abaixo dos 50 kWh, não dá para acumular o excedente. Só se acumula quando a geração é efetivamente maior que o consumo. Da mesma forma, só se usa créditos para pagar a diferença entre consumo e geração do que exceder 50 kWh.

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Jorge Mendonça

Fantástico review. Ainda não tinha lido uma análise de alguém usando o sistema na prática. Esse projeto é apenas para clientes residenciais?

Olace

Skooter, excelente review.
Gostaria de saber como que você conseguiu subsidio, foi você que entrou em contato com a concessionaria?

Olace

“O projeto em questão foi feito para apenas 100 clientes em duas cidades e já deve estar concluído. Nem sei dizer como me escolheram, uma vez que eu nunca procurei ninguém com relação à isso. Sei que várias concessionárias tem feito esse tipo de projeto e algumas tem aceitado projetos que lhes são enviados por terceiros. De qualquer forma, os subsídios tem atendido um número pequeno de residências.”

Já respondeu rsrs, obg!

Mauro Figueiredo

Skooter, gostaria de te dar os parabéns pelo artigo tão bem escrito e elucidativo. A sua visão de usuário é muito útil para quem esta pensando em adquirir um sistema FV. Abraços.

Vini Suguimoto

Eu conheço essa resolução da ANEEL, mas é uma pena que a concessionária da minha região (ENERGISA) não faz esse tipo de projeto. Ela prefere doar lampadas e geladeiras, e coloca um caminhão que passa pelas cidades fazendo palestras para crianças. Para ser diretamente beneficiado por esse programa de eficiência energética normalmente vc precisa estar ligado a alguém do Governo do Estado.

Vini Suguimoto

Andei lendo sobre o Programa de Eficiência Energética da ENERGISA, e ela até permite que sejam submetidos projetos residenciais para pleitear os recursos, porém o incentivo dela se resume a pagar o projeto para você, depois você precisa devolver o valor integral corrigido pelo IPCA em até 60 meses, ou seja, a vantagem é minima. É necessário fazer um projeto detalhado, cheio de burocracias, para simplesmente pagar um juros menor. Para um sistema de pequeno porte, acredito que o preço que um consultor cobraria para fazer o projeto atendendo os requisitos do edital já supera o valor da economia dos juros.

Rafael

Excelente review!

Olace

Skooter, sua concessionária é a aes?

Mauricio

Belo review , tira uma dúvida , a energia que sobra (Crédito) , não pode ser abatido desta taxa mínima obrigatória , será abatido somente o excedente caso haja ?

Mauricio

Então por exemplo , se voce gerou 500kWh e a conta chegou 650 , voce irá pagar a mais 100 ? e esse 100 voce pode utilizar seu crédito , caso tenha.

Mauricio

OK obrigado , melhor então fazer um projeto para utilizar numero de placas que de um pouco de sobra da média de consumo , para pagar somente esse minimo , aqui na minha cidade também é a Elektro , quanto voce paga nesse minimo ? 59 reais ?

Mauricio

Estranho Junho só gerar 354 , foi mês sem chuva , será que o sol mais fraco influencia na geração de energia , comparado o que temos no verão ?

Mauricio

Olá amigo , tudo bem ? E ae , como foi a produção de julho ? Melhorou em relação a junho ?

Mauricio

Legal , entrou gerou quase a capacidade total do seu projeto .

Mauricio

Olá amigo , como está a produção neste calor infernal do mes de janeiro ? Esse sol ajuda muito na produção , comparado aos outros meses do ano ?

Frederico

Muito bom review. Meu sistema no Piauí é de 5,6kwp. A empresa calcula a potência do sistema abatendo os 100kwh de consumo mínimo (rede trifásica) cujo pagamento é obrigatório. Assim se meu consumo médio é 700, eles vendem um sistema que gera 600. Ainda não consumi 700 para saber se vou pagar só os 100 como prometido, considerando gerar os 600 nominais. Meu medo é a concessionária passar a fazer como a Elektro, aí eu teria que pagar 200!

[…] Na teoria parece ótimo. Eu ainda não tinha aquecimento solar, até hoje não tenho, mas a casa já tinha o encanamento pronto para isso e meu plano era implementa-lo a longo prazo. Hoje já acho que não vale mais a pena por conta do meu sistema fotovoltaíco on-grid. […]

Alexandre Santos

Prezado Skooter, excelente review e bastante didático em suas considerações. Gostei muito! Gostaria apenas de contribuir com uma ressalva importante, a qual você cita em dois momentos do seu texto e que não é verdade. Você afirma que podemos usar a mesma placa para aquecer a água e produzir energia elétrica. Isso não é verdade. A placa da planta térmica que aquece a água transforma luz solar em calor aproveitável e é composta por tubos por onde circulam a água. Já as placas da planta fotovoltaica transforma a luz solar em energia elétrica em corrente contínua e é composta por células. Portanto, são diferentes. Um forte abraço,

[…] Essa é a vantagem de migrar de um sistema Android para outro. Só precisei instalar manualmente dois aplicativos que eu havia instalado via arquivo .apk, especificamente o do meu sistema de telefones sem fio Panasonic e o do meu sistema de microgeração. […]

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