[Review] Nintendo Switch com Joy-Con Cinza


Neste artigo falo sobre um Nintendo Switch com Joy-Con Cinza, que passou a compor meu time de consoles de videogames em novembro de 2017.

Motivação

Em novembro de 2017 eu tinha 14 consoles de videogames. Porém, apenas dois deles eram da Nintendo: dois Super Nintendo, sendo que um deles tenho desde 1993. Desse modo, eu não tinha acesso aos novos jogos de franquias que eu gosto muito, como Super Mario, Zelda, e Mario Kart.

Não que eu tivesse algo contra a Nintendo, muito pelo contrário, eu gostava (e gosto) muito do meu Super Nintendo. Mas por volta de 1994 eu tive meu primeiro PC (um 80286 com monitor CGA) e acabei deixando os videogames de lado. Os jogos que o meu PC rodava tinham gráficos de terceira geração, som pior que terceira geração (eu não tinha placa de som) e, por conta do monitor CGA, não tinha cores. Além disso eu não tinha joystick, mas a facilidade de copiar os jogos dos colegas em disquetes acabou sendo o principal fator em favor dos PCs.

Depois disso fui trocando de PCs, comecei a estudar e trabalhar com eles, então acabava sempre tendo PCs de ponta, rodando jogos que os consoles da época não conseguiam rodar, até porque eles acabavam limitados pela resolução das TVs CRT, enquanto os monitores já iam além mais facilmente.

Com isso acabei ignorando completamente o Nintendo 64 e o Game Cube. Apenas li sobre eles, instalei um Nintendo 64 para um vizinho, mas nunca joguei de fato. Por volta de 2003 comprei um Playstation One apenas porque meu PC passava praticamente o tempo todo fazendo algum processamento e eu não podia jogar. A opção pelo console da Sony se deu porque era o console mais popular e porque as locadoras tinham abundância de jogos para ele, os quais eu podia copiar e guardar. Mas a resolução era sofrível perto dos jogos que eu jogava no PC à época.

Assim acabei chegando tardiamente na quinta geração de consoles e ignorei completamente a sexta. Acabei voltando aos consoles apenas na sétima geração. O Wii acabou me chamando a atenção por conta dos controles inovadores. Mas na minha primeira viagem internacional (EUA) acabei trazendo um Playstation 3, que seria a primeira fonte Full HD da primeira TV LCD da família, que estava lá sub-utilizada. Não comprei-o pelos jogos, mas sim pelos filmes em Blu-ray. À época um Blu-ray player da Sony custava o mesmo que um Playstation 3. O Playstation 3 rodava os filmes e ainda poderia rodar um joguinho de vez em quando. Com o Playstation 3 eu trouxe dois filmes (“Marley & Me” e  “The Shawshank Redemption”) e apenas um jogo (“Street Fighter IV”).

Um jogo e dois filmes que trouxe dos EUA junto com meu Playstation 3: Street Fighter IV, The Shawshank Redemption, e Marley & Me.

Um jogo e dois filmes que trouxe dos EUA junto com meu Playstation 3: Street Fighter IV, The Shawshank Redemption, e Marley & Me.

Mas com o tempo comecei a pegar gosto pelos jogos de videogame de novo. Quando descobri as lojas de jogos no exterior, que à época ainda eram vantajosas, comecei a comprar jogos para o Playstation 3.

Joguei o Wii na casa de um amigo e em algumas festas de aniversários. O console era moda nos buffets infantis. Até me interessei, pensei em comprar um, mas aí a Sony lançou o Playstation Move, “inspirado” no console da Nintendo e tecnicamente superior. Então acabei investindo no Playstation Move mesmo.

O Wii U foi outro que eu só havia lido a respeito, mas nunca havia jogado. Só recentemente, com o Nintendo Switch já lançado, é que coloquei as mãos em um pela primeira vez, quando um primo adquiriu um.

Quando o Nintendo Switch foi lançado e começou a fazer sucesso, percebi que era hora de ter um Nintendo novamente. Quase trouxe um da Europa em julho de 2017, mas acabei trazendo um Playstation 4 Pro e um Playstation VR. Nenhum arrependimento quanto ao primeiro, mas não posso dizer o mesmo do segundo.

A experiência do Playstation VR é legal, mas sempre me dava um certo mal estar quando jogava com ele. Pra completar, descobri que ele não faz passthrough de HDR, o que me obrigaria a ficar plugando e desplugando cabos quando viesse a ter uma TV com HDR. Acabei decidindo vende-lo. Com o valor da venda do Playstation VR fiz a compra do Nintendo Switch. E foi um ótimo negócio.

A Compra

A ideia inicial era comprar o Nintendo Switch na Amazon dos EUA, como fiz com meu Playstation 4. Mas o custo do console, do serviço de redirecionamento e prováveis impostos deixariam o valor mais alto que os praticados no Mercado Livre.

O menor preço que consegui no Mercado Livre foi R$ 1600,00, com frete grátis. Vendedor bem qualificado, “MercadoLíder Platinum”. Eu não gosto de comprar esse tipo de produto no Mercado Livre. Quase sempre algo vem errado. Mas resolvi arriscar…

Unboxing

Como eu disse, não gosto de comprar esse tipo de produto no Mercado Livre. Quase sempre algo vem errado. E dessa vez não foi diferente. O anúncio dizia que o Nintendo Switch era americano e lacrado. Mas recebi um console australiano em uma caixa que claramente foi aberta e fuçada. Confira as fotos e o vídeo do unboxing:

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Repare no buraquinho na caixa. Não é esquisito? Depois descobri que ali ficaria uma parte interna da caixa que tem o número de série. Ele não estava ali porque o fuçador montou a caixa errado.

Nintendo Switch: a caixa foi fuçada e montada de forma errada.

Nintendo Switch: a caixa foi fuçada e montada de forma errada.

Pelo menos a caixa foi bem embalada, em outra caixa de papelão, e chegou em bom estado. Mas tem alguns raspadinhos que certamente não teria se tivesse vindo da Amazon dos EUA.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Nintendo Switch, em sua embalagem.

Apesar de terem fuçado, provavelmente para testar, não há indícios de uso no console nem em nenhum acessório.

Dock do Nintendo Switch.

Dock do Nintendo Switch.

Dock do Nintendo Switch.

Dock do Nintendo Switch.

A fonte tem plug no padrão australiano, mas funciona com qualquer tensão de 100 a 240V e 50 ou 60 Hz.

Fonte de Alimentação do Nintendo Switch, no padrão australiano.

Fonte de Alimentação do Nintendo Switch, no padrão australiano.

Fonte de Alimentação do Nintendo Switch, no padrão australiano.

Fonte de Alimentação do Nintendo Switch, no padrão australiano.

Fonte de Alimentação do Nintendo Switch, no padrão australiano.

Fonte de Alimentação do Nintendo Switch, no padrão australiano.

Na parte inferior temos o plug que se conecta ao dock. Nas laterais há os encaixes dos controles joy-con.

O Nintendo Switch.

O Nintendo Switch.

Parte inferior do Nintendo Switch.

Parte inferior do Nintendo Switch.

Lateral do Nintendo Switch.

Lateral do Nintendo Switch.

Lateral do Nintendo Switch.

Lateral do Nintendo Switch.

Na parte de cima há a entrada de cartuchos, saída de ar quente, botão de volume e de ligar.

Parte de cima do Nintendo Switch.

Parte de cima do Nintendo Switch.

Na parte traseira há um pezinho para mante-lo em pé sobre uma superfície plana, e embaixo dela há o slot para cartão microSD. Os alto-falantes também estão ali.

Parte traseira do Nintendo Switch.

Parte traseira do Nintendo Switch.

A haste para manter o Nintendo Switch em pé e a entrada de cartão microSD.

A haste para manter o Nintendo Switch em pé e a entrada de cartão microSD.

Optei pelo modelo com controles joy-con cinza. Eles carregam quando acoplados ao console, mas funcionam tanto no console quanto soltos. Em alguns jogos também é possível que dois jogadores fiquem cada um com um controle joy-con. Nesse caso o jogo se adapta à menor quantidade de botões.

Joy-con do Nintendo Switch.

Joy-con do Nintendo Switch.

Joy-con do Nintendo Switch.

Joy-con do Nintendo Switch.

Joy-con do Nintendo Switch.

Joy-con do Nintendo Switch.

Joy-con do Nintendo Switch.

Joy-con do Nintendo Switch.

Nintendo Switch com Joy-Con acoplado.

Nintendo Switch com Joy-Con acoplado.

Nintendo Switch com Joy-Con acoplado e no dock.

Nintendo Switch com Joy-Con acoplado e no dock.

Nintendo Switch com Joy-Con acoplado e no dock.

Nintendo Switch com Joy-Con acoplado e no dock.

No pacote também vem o Joy-Con Grip, a base para encaixar o joy-con para jogar na TV, quando o Nintendo Switch está no dock, criando o famoso controle-cachorrinho.

O Joy-Con Grip.

O Joy-Con Grip.

O Joy-Con Grip.

O Joy-Con Grip.

O Joy-Con Grip.

O Joy-Con Grip.

O Joy-Con Grip, com controles Joy-Con acoplados.

O Joy-Con Grip, com controles Joy-Con acoplados.

O Joy-Con Grip, com controles Joy-Con acoplados.

O Joy-Con Grip, com controles Joy-Con acoplados.

A Nintendo coloca sua marca até no cabo HDMI. Algo que nunca vi nos consoles da Sony, por exemplo.

Cabo HDMI do Nintendo Switch.

Cabo HDMI do Nintendo Switch.

Cabo HDMI do Nintendo Switch.

Cabo HDMI do Nintendo Switch.

Os controles joy-con vem com complementos para serem usados quando eles estão destacado. Eles acrescentam dois botões “de ombro” (L e R) e uma alça para cada controle joy-con.

Alças de Pulso para os controles Joy-Con.

Alças de Pulso para os controles Joy-Con.

Alças de Pulso para os controles Joy-Con.

Alças de Pulso para os controles Joy-Con.

Os controles Joy-Con com as alças de pulso.

Os controles Joy-Con com as alças de pulso.

Os controles Joy-Con com as alças de pulso.

Os controles Joy-Con com as alças de pulso.

Nada de manual de instruções volumoso. No Nintendo Switch vem só um folhetinho.

Folheto de Instruções do Nintendo Switch.

Folheto de Instruções do Nintendo Switch.

Folheto de Instruções do Nintendo Switch.

Folheto de Instruções do Nintendo Switch.

Na caixa também temos um adaptador intruso, que certamente foi colocado pelo “distribuidor”. A ideia provavelmente era converter o padrão australiano do plug para as tomadas brasileiras. Mas falhou, pois apesar dos dois pinos redondos, o plug do adaptador não tem a base hexagonal e não encaixa nas tomadas brasileiras.

Adaptador Universal para Tomadas Tipo C.

Adaptador Universal para Tomadas Tipo C.

Adaptador Universal para Tomadas Tipo C.

Adaptador Universal para Tomadas Tipo C.

Nintendo Switch e seus acessórios.

Nintendo Switch e seus acessórios.

Nintendo Switch e seus acessórios.

Nintendo Switch e seus acessórios.

Testes

Hora de colocar o Nintendo Switch para funcionar. Logo ao ligá-lo, ele pediu para eu conectar os controles joy-con.

Nintendo Switch, ao ser ligado pela primeira vez.

Nintendo Switch, ao ser ligado pela primeira vez.

Com os controles joy-con conectados, ele pediu para eu escolher o idioma.

Seleção de Idiomas no Nintendo Switch.

Seleção de Idiomas no Nintendo Switch.

Nintendo Switch, em funcionamento.

Nintendo Switch, em funcionamento.

Após conectar o WiFi, uma atualização precisava ser feita.

Nintendo Switch, baixando atualização por WiFi.

Nintendo Switch, baixando atualização por WiFi.

Nintendo Switch, baixando atualização por WiFi.

Nintendo Switch, baixando atualização por WiFi.

E para experimentar o meu primeiro e único jogo até então: Super Mario Odyssey, do qual já falei aqui no Skooter Blog. Ele chegou antes que o Nintendo Switch porque… Correios.

Super Mario Odyssey no Nintendo Switch.

Super Mario Odyssey no Nintendo Switch.

Super Mario Odyssey no Nintendo Switch.

Super Mario Odyssey no Nintendo Switch.

Super Mario Odyssey no Nintendo Switch.

Super Mario Odyssey no Nintendo Switch.

Tudo certo na telinha. Hora de testar na telona. Montei o dock e conectei-o na TV da sala.

Dock do Nintendo Switch.

Dock do Nintendo Switch.

Dock do Nintendo Switch.

Dock do Nintendo Switch.

Nintendo Switch, ligado na TV.

Nintendo Switch, ligado na TV.

Nintendo Switch, ligado na TV.

Nintendo Switch, ligado na TV.

Nintendo Switch, ligado na TV.

Nintendo Switch, ligado na TV.

A princípio ele ganhou um espacinho ali atrás do meu Sega Genesis.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Nintendo Switch, com dock instalado no rack da sala.

Montei então a caixa certinho antes de guardar. O “AUS” na caixa não deixa dúvida. O modelo é australiano. Mas não há trava regional, então sem problemas…

A caixa do Nintendo Switch, agora montada corretamente.

A caixa do Nintendo Switch, agora montada corretamente.

A caixa do Nintendo Switch, agora montada corretamente.

A caixa do Nintendo Switch, agora montada corretamente.

O "AUS" no canto da caixa do Nintendo Switch comprova que este é o modelo australiano.

O “AUS” no canto da caixa do Nintendo Switch comprova que este é o modelo australiano.

Com um algodão e benzina, tirei algumas marcas dela, para ficar o mais limpinha possível. Antes havia alguns encardidos. Compare as fotos antes da limpeza (acima) e depois da limpeza (abaixo).

Caixa do Nintendo Switch, após a limpeza.

Caixa do Nintendo Switch, após a limpeza.

Caixa do Nintendo Switch, após a limpeza.

Caixa do Nintendo Switch, após a limpeza.

Caixa do Nintendo Switch, após a limpeza.

Caixa do Nintendo Switch, após a limpeza.

Caixa do Nintendo Switch, após a limpeza.

Caixa do Nintendo Switch, após a limpeza.

Primeiras Impressões

Apesar de eu já estar com o Nintendo Switch há 3 meses, ainda só posso dar minhas primeiras impressões, pois, por falta de tempo, praticamente só joguei o Super Mario Odyssey.

Comprei também o The Legend of Zelda: Breath of the Wild na eStarland, mas joguei apenas por alguns minutos para ver como era. Gostei, mas ainda estou jogando o Horizon Zero Dawn, e não gosto de ficar jogando mais de um RPG ao mesmo tempo, pois acabo me confundindo.

Também comprei o Mario Kart 8 Deluxe na Play-Asia, mas esse ainda não chegou, graças àquela estatal maldita, sucateada pelo PT, que precisa de mais de dois meses para entregar um pacote que já está nas mãos deles.

Nesses três meses, joguei com o Nintendo Switch praticamente apenas na TV. Primeiro porque a película que comprei na GearBest em novembro ainda não chegou (Obrigado novamente, Correios!). E depois porque na tela grande o Super Mario Odyssey fica muito melhor.

Quando a película chegar talvez eu jogue mais com o Nintendo Switch fora do dock, mas é pouco provável que eu vá sair de casa com ele e jogar em lugares públicos. Isso é coisa para países seguros, coisa que o Brasil nunca será enquanto existir essa cambada de vagabundo que defende bandido, do tipo que diz “A Globo expôs a ladra de celular sem necessidade. Tadinha, perdeu o emprego.”

Mas não me leve como referência no quesito portátil versus TV, pois dos meus atuais 15 consoles, apenas um é portátil: o Dingoo A-320.  Eu nunca me interessei muito por portáteis. Só sinto falta deles em longas viagens e salas de espera.

Tela e Vídeo

A tela tem 6,2 polegadas, resolução de 1280 x 720 pixels e é sensível ao toque. A primeira impressão é que falta resolução nela, pois estou acostumado a olhar a tela do meu Moto Z Play que tem 5,5 polegadas e resolução de 1920 x 1080 pixels. Mas a tela com menor resolução é justificável: com menos resolução usa-se menos poder de processamento e, consequentemente, usa-se menos bateria. Na TV o Nintendo Switch está conectado ao dock, que está conectado à energia elétrica, então tudo bem usar o máximo poder de processamento e oferecer uma resolução maior, de 1920 x 1080 pixels. Se a Nintendo acertou nesse ponto é questionável, mas o fato é que este é mais um bom motivo para eu preferir jogar na TV.

De qualquer forma, a facilidade com que podemos passar da telinha para a telona e vice-versa merece muitos aplausos. Não é preciso parar de jogar se precisar sair da frente da TV, se outra pessoa quiser utiliza-la, por exemplo. Basta tirar o Nintendo Switch e continuar jogando normalmente.

Esqueça resoluções 4K e HDR, a Nintendo não entrou no mercado para competir com Sony e Microsoft na resolução e nos gráficos. A julgar pelo desempenho comercial do produto, esta parece ter sido uma escolha acertada. 4K e HDR certamente encareceriam o console e ele poderia fracassar, além de serem recursos que só funcionariam quando o console está no dock.

Áudio

Os alto falantes do Nintendo Switch são estéreo. Mas quando está no dock, o console oferece áudio multicanal 5.1, no formato PCM, através da saída HDMI. Mais um motivo para jogar na TV. Detalhe importante: não há saída óptica para receivers mais antigos. Codificação em Dolby Digital ou DTS, como no Playstation 4, também não é uma opção. Desse modo, é necessário ligar o console direto no receiver. Não tente liga-lo à TV e usar o ARC para enviar o áudio para o receiver, pois com isso o áudio ficará limitado a PCM 2.0. Isso não é uma limitação do console, mas sim do protocolo ARC.

O meu Nintendo Switch está atualmente conectado a um switch HDMI, o qual está conectado ao receiver. Faltou entradas  HDMi no receiver, então o Switch está compartilhando uma com o Framemeister. Assim tenho áudio de 5.1 canais sem nenhum problema. Como eu não ligo os dois ao mesmo tempo, e ambos só enviam sinal quando estão ligados, não preciso nem me preocupar em selecionar a entrada correta no switch HDMI, pois ele faz isso automaticamente.

Armazenamento

O armazenamento interno é de 32GB, sendo que uma parte é usada pelo sistema operacional. Quem pretende comprar jogos na loja virtual certamente acabará precisando de mais memória. É possível usar cartões microSDHC e microSDXC de até 2TB. Como os três jogos que comprei são em cartucho, eles não ocupam tanto a memória interna, então ainda não me preocupei em comprar um cartão. Um pouco de memória os cartuchos devem ocupar, pois há dados de salvamento e atualizações dos jogos.

Aliás, aqui cabe falar um pouco da volta aos cartuchos que o Nintendo Switch promoveu. Como é um console híbrido, ele naturalmente não comportaria um leitor de blu-ray. A Nintendo poderia ter abandonado completamente a mídia física em favor da loja virtual, mas a decisão de manter as mídias físicas me pareceu acertada.

Eu mesmo prefiro mídias físicas. Há pontos negativos: É um tanto incômodo ter que ficar trocando disco ou cartucho e as caixinhas precisam de espaço para serem guardadas. Mas também há pontos positivos: eu gosto das caixinhas. Um ponto que eu costumava destacar é que cedo ou tarde todos os consoles perdem o suporte e redes são desligadas, o que impediria um novo download no caso de um HD ou cartão pifado, por exemplo, enquanto cartuchos estão sempre disponíveis. Mas isso só é verdade para consoles antigos em que os jogos não recebiam atualizações, pois nos consoles de hoje a versão do cartucho acaba desatualizada e as atualizações precisam ser baixadas de qualquer forma.

Vale destacar que os cartuchos são bem pequenos, o que facilita leva-los no case junto com o console. Por outro lado, o tamanho também torna mais fácil perde-los. No Brasil também há o fator roubo: jogos digitais podem ser baixados novamente caso o console seja roubado, e o prejuízo seria só o console. Cartuchos roubados não são recuperáveis e se somariam ao prejuízo.

No momento eu não pretendo comprar outros jogos, mas se comprar provavelmente acabarei optando pela mídia digital por conta do preço. Elas são mais baratas, e é possível inclusive trocar a região do console para comprar na loja do país em que o jogo estiver mais barato no momento. Há sites que indicam qual é a loja mais barata para adquirir o jogo desejado. Atualmente a loja da África do Sul costuma ser a mais barata. Nos três jogos que adquiri até agora optei pela mídia física porque eu tinha léguas expirando no Submarino, e  créditos na eStarland e na Play-Asia, que eu também não tinha no que usar. Com os respectivos descontos, a mídia física ficou mais em conta nas três ocasiões.

Conectividade

A conectividade de rede do Nintendo Switch é por WiFi e usa os padrões IEEE 802.11 a/b/g/n/ac. Eu prefiro usar Ethernet sempre que possível. Meus Playstation estão todos conectados por Ethernet. Deixo WiFi só para dispositivos que são realmente móveis, pois WiFi é sempre mais instável, por melhor e mais próximo que esteja o roteador. Pelo menos ele suporta o padrão mais recentes do WiFi (IEEE 802.11ac).

É possível usar Ethernet no Nintendo Switch, mas apenas com um adaptador opcional, vendido separadamente, que é conectado na porta USB do dock. Não pretendo gastar dinheiro com isso, pelo menos por enquanto. Para baixar atualizações o WiFi está de bom tamanho. Quando o serviço de jogos online da Nintendo estiver funcionando talvez eu mude de ideia.

Bateria

Como pouco joguei com o Nintendo Switch fora do dock, não posso falar nada quanto à duração da bateria. Pela especificação, ela é de íons de lítio, tem 4310mAh, e deve durar de 2 a 6,5 horas, dependendo do jogo. O tempo de carga é 3 horas com o console em modo de espera.

A bateria não é removível. Espero que a troca, quando for necessária, não seja complicada.

Sensores

O console do Nintendo Switch conta com acelerômetro, giroscópio e sensor de luz. São sensores de custo relativamente baixo e que proporcionam novas formas de jogar quando o console não está no dock. Os controles joy-con contam com seus próprios sensores, como veremos a seguir.

Joy-Con

Quando eu ouvi falar pela primeira vez do Nintendo Switch, e do fato dele não ter retrocompatibilidade, pensei: “A Nintendo percebeu que os controles com sensores de movimento já deram o que tinha que dar e agora vai apostar em um console híbrido”. Mas eu estava enganado.

Nintendo Switch, na verdade, agrega recursos de vários consoles anteriores da fabricante japonesa. Prova disso é que os controles Joy-Con também contam com acelerômetro e giroscópio. Além disso, o joy-con da direita tem também uma câmera IR que pode detectar formas. Desse modo eles podem funcionar como um Wiimote e ainda ir além. Ambos os Joy-Con também contam com motor de vibração (HD Rumble).

A comunicação dos Joy-Con com o console é via Bluetooth 3.0. O joy-con da direita também conta com NFC. A estimativa de tempo de vida das baterias é de 20 horas, podendo ser menor dependendo do uso. O tempo de carga é de 3 horas e 30 minutos, e a carga é feita quando os controles estão acoplados ao console.

Como eu tenho jogado principalmente na TV, eu tinha as opções de jogar com os dois controles soltos ou acoplados ao grip. No Super Mario Odyssey, por exemplo, jogar com os controles soltos permite lançar o chapéu fazendo um movimento com o joy-con. Mesmo no grip a funcionalidade dos sensores é aproveitada, há um ataque é realizado movimento rapidamente o controle para um lado e para o outro, alternadamente.

Jogar com o controle-cachorrinho não é ruim, mas eu acabei optando por adquirir um Nintendo Switch Pro Controller, do qual falarei em um próximo artigo. Com isso eu não preciso ficar desconectando os joy-con do grip e conectando-os ao console para carregar, e fazendo o contrário para jogar. Com isso meus joy-con ficam apenas para jogar no modo portátil, ou para quando tiver um segundo jogador para jogar comigo.

Desbloqueio?

Eu já estava com o artigo pronto e nem iria entrar nesse assunto. Mas recentemente alguns hackers conseguiram rodar Linux no Nintendo Switch e cresceram as esperanças de muita gente quanto a um jailbreak e um possível desbloqueio.

Não dá para ignorar que no Brasil o sucesso de um console depende diretamente da possibilidade de desbloqueio. Os videogames nasceram aqui com muitos clones não-licenciados do Atari 2600 e seus cartuchos, muitos feitos por grandes empresas. Décadas se passaram, mas os resquícios da reserva de mercado ainda existem, através dos altíssimos impostos sobre videogames e jogos.

Nossos governantes nada fazem para mudar esse cenário, e o resultado já conhecemos. O primeiro Playstation reinou no Brasil sem nem mesmo ter sido lançado oficialmente, graças ao fácil desbloqueio. O mesmo ocorreu com o Playstation 2. Na geração seguinte o XBox 360 ganhou a briga por aqui, ao contrário do que ocorreu no resto do mundo onde o Playstation 3 levou a melhor. O motivo? O desbloqueio do XBox 360 saiu bem antes. Isso não deve mudar tão cedo.

Não condeno quem faz desbloqueio, até porque já contei no início do artigo que comecei a jogar nos PCs na minha adolescência pela facilidade de copiar jogos dos colegas. Mas hoje prefiro comprar meus jogos e dar o devido suporte aos desenvolvedores. Atualmente só tenho três consoles desbloqueados: os dois Super Nintendo e o Playstation One, e porque eles já eram vendidos assim por padrão. Difícil é achar um bloqueado. E de qualquer forma ambos já são consoles fora do mercado.

Quanto ao Nintendo Switch, não pretendo fazer um desbloqueio ainda que ele venha a existir, assim como também não pretendo fazer nos meus demais consoles, como o Playstation 3 e o Playstation 4. Mal tenho tempo para jogar os jogos que compro, então não preciso de mais jogos por agora. Hoje em dia só considero desbloquear um console no dia em que ele não tiver mais suporte do fabricante, com redes sendo desligadas e sem possibilidade de adquirir jogos de outra forma, tal qual já ocorreu com praticamente todos os sistemas mais antigos, da sexta geração para trás.

Considerações Finais

Não tenho dúvidas que o Nintendo Switch foi um grande acerto da Nintendo. Eles acertaram ao serem criativos, trazendo um console híbrido cheio de possibilidades, em vez de tentar fazer um console super poderoso para bater de frente com Sony e Microsoft, mas chegando atrasada na geração atual, na qual ela já se deu mal com o Wii U, e tendo como diferencial apenas suas franquias exclusivas.

Talvez eu não seja exatamente o público-alvo do Nintendo Switch, não tenho lá muito interesse no fato dele ser híbrido, mas reconheço que este deve ser um diferencial para muita gente. Além disso, não só a Nintendo conquistou o público que terá o Switch como único console, mas o preço de US$ 300 também é favorável para quem já tem um Playstation 4 ou XBox One. É um preço razoável para se pagar em um segundo console, pelas franquias exclusivas que os outros não tem. Se tivessem feito um console poderoso de US$ 500,00 ou mais, eu já não pensaria da mesma forma e não o compraria apenas por alguns exclusivos. Aliás, esse é o motivo pelo qual eu não tenho um XBox One (e não tive o XBox 360), é muito caro por um console cuja biblioteca de jogos se sobrepõe em grande parte com a do Playstation 4.

Eu provavelmente não comprarei muitos jogos para o Nintendo Switch. Qualquer jogo que eu goste e seja lançado para ambos o console da Nintendo e o da Sony, eu vou preferir comprar a versão de Playstation 4, por conta dos gráficos superiores em praticamente todos os casos, além do custo menor, pois os jogos do Nintendo Switch são muito caros! Nesta geração, é certo que o Nintendo Switch será apenas o meu segundo console.

Mas então valeu a pena adquirir um Nintendo Switch? Com certeza! Só o Super Mario Odyssey já valeu a compra do console. The Legend of Zelda: Breath of the Wild e Mario Kart 8 Deluxe deverão consolidar minha opinião. Os exclusivos da Nintendo são excelentes e a Nintendo ainda sabe muito bem como fazer bons jogos. Depois de ver Atari e Sega saindo de cena no mercado de consoles, é bom ver que pelo menos uma das fabricantes que fizeram os consoles da minha infância ainda está na ativa, e competitiva.

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