Smartphone Motorola Moto Z Play

Neste artigo falo sobre o Smartphone Motorola Moto Z Play, que adquiri no domingo entre a black friday e a cyber monday (27/11/2016), aproveitando uma promoção do Submarino no qual ele custou R$ 1.438,56.

Essa deve ser a primeira vez que comprei um novo telefone celular quando o antigo ainda estava funcionando plenamente. O Moto X Play que adquiri no ano passado ainda é um bom aparelho, apesar de já estar um pouco lento com alguns aplicativos mais pesados, como Waze e Runkeeper.

Com o Motorola Moto Z Play obtive um upgrade de cerca de 50% tanto em velocidade de processamento quanto em quantidade de memória RAM, diferença significativa que acabou com qualquer problema de lentidão no carregamento e uso de aplicativos.

Além disso também há outras melhorias significativas. A bateria do Moto Z Play dura bem mais que a do Moto X Play, dadas as mesmas tarefas. A capacidade da bateria não é maior, na verdade é até ligeiramente menor, mas o Moto Z Play é mais eficiente no uso de energia.

A tela também é um bom diferencial, ambos tem tela de 5,5 polegadas com resolução Full HD (1920×1080), mas o Moto Z Play conta com uma tela AMOLED, enquanto o Moto X Play tem tela TFT.

O leitor biométrico também é uma adição interessante, pois dispensa a digitação de senhas ou a entrada de padrões, mantendo ainda um nível razoável de segurança para evitar bisbilhoteiros e amigos zoadores.

Não, não falarei dos snaps como vantagem, pois ainda não vi nenhum que merecesse minha atenção, então até o momento isto é apenas uma possibilidade futura e algo para enfeiar a traseira do celular.

Também achei bacana poder gravar meus vídeos em 4K, ainda que eu não tenha TV ou monitor 4K para assistir em casa. Porém já assisti vídeos feitos com ele no Monitor 5K que tenho no meu trabalho, e a qualidade é excelente.

Mas nem tudo são vantagens no Moto Z Play com relação ao Moto X Play. O design do Moto X Play é melhor. Apesar de terem telas do mesmo tamanho, o Moto X Play é menor por aproveitar melhor o espaço frontal.

Outra decisão estranha da Lenovo foi a de deixar o leitor biométrico apenas para bloquear/desbloquear o celular, quando ele poderia também atuar como botão Home. Aos dois lados dele há espaços vazios que poderiam ser utilizados para mais dois botões capacitivos, completando o trio do Android. Várias vezes me peguei pressionando o leitor biométrico quando queria pressionar o botão Home. Levou algum tempo até eu me acostumar.

Outro ponto negativo do Moto Z Play é a câmera, que não tem mais estabilizador óptico como a do Moto X Play. Para completar, houve redução na resolução, de 21 megapixels para 16 megapixels. A câmera traseira continua com abertura de f/2,0, mas agora conta com um laser auxiliar de foco. A câmera frontal ganhou um upgrade. Ela continua com 5 megapixels, mas agora conta com um flash.

O Moto Z Play também conta com apenas um alto-falante. Nada muito preocupante, mas eu gostava mais do esquema utilizado pelo Moto X Play, com dois alto-falantes: um para ser usado junto ao ouvido e outro para campainhas, mídia, etc. que ficava na parte de baixo. Já tive celular que eventualmente “gritava” no meu ouvido por usar o mesmo alto-falante para as duas coisas. Mas pelo menos com o Moto Z Play nunca aconteceu. O sensor de proximidade deve ser eficiente para isso.

Um ponto positivo do Moto Z Play é o corpo em metal. Nunca gostei muito do corpo em plástico do Moto X Play. Sempre gostei do toque mais robusto de aparelhos como o iPhone 5S, que tem o corpo todo em metal. A parte traseira do Moto Z Play é revestida com vidro.

Apesar de bem fino, o Moto Z Play tem uma protuberância grande onde fica a câmera. Neste ponto eu também prefiro o estilo do Moto X Play, com a traseira arredondada, mais grossa no meio para acomodar a câmera, mais fina nas bordas.

A baixa espessura e a protuberância da câmera do Moto Z Play são justificadas pelos snaps. O aparelho vem acompanhado de uma capa traseira para ser utilizada quando o aparelho não está usando nenhum snap, eliminando a saliência da câmera e deixando o aparelho mais fácil de segurar dada a textura utilizada na capa. Aliás, a Lenovo chama essa capa de snap também. É um Snap Style Shell Nylon Rouge. Porém, acredito que a maioria dos donos de Moto Z Play vão optar por dispensar esse snap padrão e usar uma capa que também proteja as bordas. Foi o que eu fiz.

Também dá para usar o aparelho sem capa nenhuma, mas os dedos marcam o vidro traseiro. Além disso, ele vai acabar sofrendo riscos e em uma eventual queda poderá quebrar. Películas para a o vidro traseiro podem resolver os problemas de marcas e riscos, mas não o risco de quebra em uma queda.

Outro aparelho que considerei antes de optar pelo Moto Z Play foi o Zenfone 3. Ele tem suas vantagens, como o design mais bonito, melhor aproveitamento da parte frontal e custo ligeiramente menor. Porém duas características me fizeram desistir dele: a ausência de NFC e o fato de utilizar um slot híbrido de SIM Card e microSD, de modo que é preciso abrir mão do microSD para usar um segundo SIM Card, e vice-versa.

O Moto Z Play tem dois slots para micro SIM Card, e o slot de microSD separado, permitindo que eu use meus SIM cards da Vivo e da Tim e mais o meu microSD de 64GB, que tenho desde 2013 e agora está em seu terceiro aparelho. Nele ficam fotos e músicas, deixando a memória interna do aparelho apenas para aplicativos, e facilitando eventuais situações em que seja necessário restaurar o padrão de fábrica.

Quanto ao NFC, já expliquei meu uso dele no artigo sobre etiquetas NFC. Porém, vale notar que o sensor NFC do Moto Z Play fica na parte de cima e é bem chato de usar. Esta localização faz sentido considerando o uso de snaps que bloqueariam o sinal, mas não deixa de ser algo chato. O sensor NFC do Moto X Play é muito mais fácil de usar.

Ainda no campo de sensores, o Moto Z Play conta com o leitor de impressões digitais, acelerômetro, sensor de proximidade, bússola e giroscópio. Sim, o giroscópio está presente, ao contrário do Moto X Play onde a Lenovo fez uma economia porca e o deixou de fora. Este sensor é essencial para o uso de realidade aumentada, como no Pokemon Go, e para aplicações de realidade virtual.

Por fim, o Moto Z Play tem a mesma vantagem do Moto X Play, de contar com o sistema operacional Android quase puro e sem bloatware. Ele está com a versão 6.0.1 do Android, mas deve receber a versão 7 em breve. Na Europa as atualizações começarão ainda neste mês.

A garantia da Lenovo também pesou favoravelmente. Meu Moto X Play foi consertado rapidamente quando precisei da garantia. No caso da Asus os relatos que vi não costumam ser muito favoráveis.

Unboxing

O aparelho chegou em minhas mãos no dia 05/12/2016. Caixinha compacta, logotipo da Lenovo. Dentro dela temos, segundo a etiqueta da embalagem:

• 1 Telefone 32GB Preto com Prata
• 1 Carregador de Parede TurboPower 15W USB-C
• 1 Cabo de Sincronização USB-C
• 1 Fone de Ouvido Estéreo
• 1 Ferramenta de Remoção do SIM
• 1 Moto Snap Style Shell Nylon Rouge
• 1 Kit de Manuais

Ainda segundo a etiqueta da caixa, meu aparelho foi fabricado em outubro de 2016.

Na parte traseira temos algumas das principais características do aparelho e os quatro snaps originais.

Dentro da caixa encontrei todos os itens, conforme descritos.

Diferente do Moto X Play, onde o carregador turbo tem uma porta USB, no Moto Z Play o carregador turbo já traz o cabo acoplado, com o plug USB tipo C no final. Não gostei muito disso, pois cabos podem quebrar e ser substituídos por outros de qualidade sem gastar muito. Mas nesse caso ficaria complicado e o carregador todo estaria perdido. Bons carregadores são difíceis de achar, e caros.

Confira mais algumas fotos do Moto Z Play:

E veja também o video do unboxing do Moto Z Play:

Considerações Finais

Fiquei satisfeito com a aquisição do Moto Z Play. Ele está me atendendo bem. Não é perfeito, tem alguns pontos que eu não gostei. Mas acredito que ele tenha a melhor relação entre custo e benefício hoje, sendo o melhor celular intermediário no mercado atualmente.

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