Unboxing de cartão de crédito é algo que nunca fiz, mas o NuBank pediu para filmar a abertura do envelope e postar com a hashtag #sounu. Então vamos lá… 🙂
O novo cartão foi enviado após oferecerem o uso da função débito. Acabei aceitando para ter mais uma opção, apesar de raramente usar cartão de débito.
O Cartão Múltiplo ContactLess NuBank é o primeiro cartão que tenho que não tem os números na frente em auto relevo. O número vem apenas atrás, serigrafado, junto com as datas e código de segurança.
Confira as fotos e o vídeo do unboxing do Cartão Múltiplo ContactLess NuBank:
- Cartão Múltiplo ContactLess NuBank, em sua embalagem.
- Cartão Múltiplo ContactLess NuBank, em sua embalagem.
Muita gente não sabe, mas os números em auto relevo existem porque lá nos anos 80 as maquinhas eram manuais, sem conectividade, como essa que encontrei no site Disk-Tem:
Neste tipo de máquina, coloca-se o cartão em um compartimento, um papel carbonado em cima e puxa-se a parte de cima que pressiona o papel sobre o cartão, de modo que os números do cartão em auto-relevo ficam impressos no papel. Os dados do comerciante também são impressos, os valores são preenchidos manualmente e o cliente assina uma via que fica com o comerciante, para ser entregue ao banco e compensada. Não havia checagem de limites, nem mesmo sabia-se se o cartão ainda estava ativo. Não sei quem ficava com o prejuízo das eventuais fraudes…
Não cheguei a usar esse tipo de máquina no Brasil. Quando tive meu primeiro cartão as máquinas já eram eletrônicas e discavam para a central usando uma linha telefônica convencional. Mas quando morei no Canadá em 2009 os taxistas ainda usavam esse tipo de máquina manual. Nada de maquinhas 3G. Compreensível, lá a quantidade de vagabundos tentando fraudar o sistema deve ser consideravelmente menor que no Brasil. No Canadá também encontrei lugares onde apenas se preenchia os dados do cartão manualmente em um pequeno formulário que o cliente assinava.
O Cartão Múltiplo ContactLess NuBank não deve funcionar nessas máquinas manuais, se é que hoje elas ainda estejam ativas em algum lugar do mundo. Mas em compensação, ele faz pagamentos sem precisar ser inserido na máquina, que é a nova tendência. Basta aproxima-lo da máquina para pagar. Provavelmente usa RFID. O chip convencional e a tarja magnética também estão presentes para uso em sistemas mais antigos. A função contactless é ativada ao usar o cartão com o chip pela primeira vez.
Ainda nem usei o novo cartão, pois o cartão do NuBank não é o meu principal. O sistema de pontos deles ainda não me convenceu. Imagino que por enquanto ainda é necessário pedir para os comerciantes para usar a função contactless, pois muitos nem devem saber que a máquina tem essa função.
No futuro os cartões contactless devem virar padrão e aumentar a segurança, uma vez que o cartão não sairá mais da mão do cliente nem por um segundo, evitando que um funcionário desonesto copie ou fotografe os dados, enquanto está com o cartão em mãos.
Por outro lado, prevejo que isso vai aumentar a paranoia do pessoal com carteiras anti-RFID e cartões embrulhados em papel alumínio. Existe o temor de que os gatunos poderiam sair por aí com leitores RFID lendo os cartões diretamente das carteiras das pessoas. Na prática isso não vai acontecer porque a geração atual de cartões com RFID usa criptografia nas transações e não dá para simplesmente extrair os dados do cartão assim. É muito mais fácil cometer fraudes onlines ou simplesmente surrupiar a carteira inteira. Ladrão é vagabundo, sempre vai escolher o método mais fácil.
E você, já está usando um cartão ContactLess? Deixe seu comentário…
Uso desde 2016 com o lancamento do Samsung Pay. Na epoca o uso era bem restrito, poucos cartoes aceitos, e tinha que praticamente brigar com os comerciantes pq a maioria por ignorância achava que iria fraudar a maquininha, até mesmo nos EUA. Valia a pena pq a Samsung oferecia bons premios para incentivar o uso e era engraçado ver a cara dos comerciantes depois que a transacao era aprovada mesmo ele jurando que não funcionava. Atualmente o uso já se popularizou.
Sobre a fraude do RFID, nao é clonar o cartao, mas alguém aproximar uma maquininha de cartao perto do seu bolso onde tá a carteira com o cartao. Tecnicamente o golpe dá certo, pq para transacoes de baixos valores não se pede senha nos pagamentos por aproximacao.
Ah sim, mas nesse caso para o golpe funcionar o golpista precisa conseguir obter uma maquininha com documentos falsos (ou sujar o próprio nome) e conseguir sacar o dinheiro antes que as vítimas percebam e contestem as transações não autorizadas.