R-Type para o Master System foi lançado pela Sega em 1988. Originalmente foi lançado para arcade, pela softwarehouse japonesa Irem. Depois foi portado para diversos sistemas, incluindo aí o Master System. Acabou ganhando diversas continuações e se tornou um grande clássico do estilo side scrolling shoot-em-up, ou “jogo de navinha”, como eles são popularmente conhecidos no Brasil.
A versão de Master System faz bonito. Com 4 Mbits, mostra bem o potencial do console, tanto nos gráficos quanto no áudio. Além do áudio PSG, este é um dos jogos que também conta com áudio FM, que só os japoneses tiveram acesso à época. É um jogo bem difícil, mas bastante divertido. Há um flickering considerável na tela quando há muitos elementos, mas é perdoável e não chega a afetar a jogabilidade.
R-Type certamente está em muitas listas dos melhores jogos do Master System. Ele também foi um dos primeiros jogos que joguei no meu primeiro Master System, lá por volta de 1991. Aliás, foi exatamente o quarto jogo que joguei no Master System. Como eu lembro disso? Explico. Quando meus pais me deram o meu primeiro Master System, ele veio com Alex Kidd in Miracle World na memória e Jogos de Verão (California Games) em cartucho. Foram os dois únicos jogos que joguei por algum tempo. Até que em um belo sábado, meus pais saíram e voltaram com dois cartuchos alugados: Choplifter e R-Type, conforme recomendação do pessoal da locadora. O Choplifter foi para o console primeiro, e o R-Type em seguida. E gostei muito de ambos. Devo te-los alugado novamente mais algumas vezes.
R-Type foi lançado no Brasil pela Tec Toy. A capa dele pode ser vista abaixo, conforme extraída do Tec Toy Wiki:
E agora a minha principal contribuição para a comunidade: o folheto que a Tec Toy me enviou com as dicas do R-Type lá nos anos 90, época do saudoso Master Club.
O folheto segue o formato tradicional: são duas folhas de formulário contínuo com impressão matricial. Ele contém o enredo do jogo, e três truques muito interessantes, que permitem obter invencibilidade, créditos extras e acessar o sound test do jogo. Em seguida há dicas para passar pelos chefes de cada fase. Por último temos os controles do jogo. Há alguns errinhos de ortografia e digitação para completar o charme da peça. 🙂
Confira o folheto com as dicas do R-Type digitalizado:
Para completar, fiz um videozinho demonstrando o R-Type, todo feito com o hardware original e nada de emulação, como de costume. No vídeo mostro tanto o jogo com som PSG quanto com som FM, e passo algum tempo no sound test para mostrar como cada música ficou.
Os equipamentos utilizados para esta captura foram:
- Elgato – Game Capture HD60 – para a captura do vídeo em formato digital em Full HD e 60fps.
- Sega Genesis – o modelo norte-americano do Mega Drive, console que tem o processador original do Master System, permitindo jogar os jogos de Master sem emulação.
- Mega Everdrive X7 – o cartucho “mágico” que lê meus jogos a partir de um simples cartão SD e funciona tal qual os cartuchos originais, incluindo os jogos de Master System.
- Framemeister XRGB Mini – fazendo o upscale da imagem do Mega Drive para 1080p Full HD.
- Cabo SCART RGB para Mega Drive 1 / Sega Genesis 1 / Mega Drive 2 Tec Toy com Áudio Stereo (Pack-a-Punched!) – levando a imagem RGB, melhor imagem possível de se extrair de um Mega Drive / Master System com hardware original, para o Framemeister.
Estou resgatando essa série Dicas da Tec Toy, de preservação de meus materiais da Tec Toy após mais de dois anos, pois finalmente a fila de reviews está vazia. Parte da culpa disso é do Correios, que está com mais de uma dúzia de pacotes meus presos em Curitiba :/ , mas eu também tenho me esforçado para colocar mais artigos em menos tempo.
Nesse retorno, continuarei fazendo vídeos e screenshots mostrando os jogos e falando um pouco sobre eles, para que os leitores possam relembra-los. Acho que não tem muita graça colocar apenas os folhetos de dicas. Só não vou mais colocar as transcrições dos folhetos porque elas são bastante trabalhosas de serem feitas. Nenhum software de OCR consegue fazê-las corretamente e eu acaba perdendo muito tempo com um conteúdo extra que aparentemente ninguém se importa.
Aliás, tenho priorizado os artigos de reviews, pois aparentemente são eles que os leitores preferem, ainda que eu também não tenha retorno (comentários) na maioria deles. E nem sei se alguém realmente lê esses artigos da série Dicas da Tec Toy. Então se você lê, por favor deixe um comentário. 🙂 E me diga também qual série de artigos do blog você acha que deve ser priorizada.
Muito boa a matéria sou fã do mega mas curto o master tambm, cheguei por acaso aqui na sua página e gostei das matérias retrô, me amarro nos consoles velhos. Muito bom , voltei a infância .
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Cara, eu era fã desse jogo viu…
Gostei do post. Aliás esses documentos da Tec Toy eu nunca tinha visto algo parecido. Os caras imprimiam com uma matricial mesmo em mandava via correios! É quase artesanal. R-Type sempre foi muito difícil para mim que tenho dificuldades com qualquer navinha. Mas por outro lado adoro eles. Gosto de sofrer. É que em geral a jogabilidade e as músicas dos navinhas são tão incríveis que mesmo perdendo eu rejogo. Não vejo porquê você por transcrição se as fotos estão ótimas e dá para ler bem. No mais. Parabéns pelo post.
Também curto demais o som dos 8 e 16 bits.
Um artigo gratificante de ler. A altura deste clássico. Parabéns!
Eita, a gente lê sim e com interesse. R Type, primeiro jogo que joguei num fliperama. Vou até salvar nos favoritos.