Astro Warrior para o Master System foi lançado pela Sega em 1986. É um shoot’em up vertical com power ups que podem ser coletados para aumentar a velocidade e o poder de fogo.
O jogo tem 1 Mega e me recordo que na época ele era um tanto desdenhado por não ter final, algo que remete aos tempos do Atari 2600, cuja maioria dos jogos era “infinitos”, voltando à primeira fase após a última, apenas com mais dificuldade, se repetindo indefinidamente. O Astro Warrior tem 3 fases, e após completa-las o jogo começa novamente, com uma dificuldade maior.
Hoje vejo que esse desdém era um tanto injusto, uma vez que o Astro Warrior tem gráficos bonitos, música decente e é um jogo divertido.
Astro Warrior é um dos jogos que estavam disponíveis na locadora que eu frequentava. Me recordo de te-lo alugado pelo menos duas vezes. Ele foi lançado no Brasil pela Tec Toy em 1991, e sua capa pode ser vista abaixo, conforme extraída do Tec Toy Wiki:
A história do jogo aparece na traseira da caixinha, como segue:
Astro Warrior leva você à imensidão do universo, numa batalha emocionante contra poderosas estações e naves inimigas.
Atire rápido. Atire na hora certa. A precisão será sua maior aliada.
Neste jogo de aventura espacial, as chances estão contra você, e a única saída é tornar sua nave mais forte e com mais armas. Mas para isso você precisa ser um verdadeiro campeão.
Prepare-se para muita ação, pois qualquer descuido pode levá-lo ao fim do jogo.
Cinco anos mais tarde a Tec Toy modificou o Astro Warrior, transformando-o no Sapo Xulé S.O.S. Lagoa Poluída, que foi lançado em 1996. Trocaram a abertura, os sprites do jogo e transformaram o preto do espaço no verde da lagoa poluída.
Certamente foi uma forma que a Tec Toy encontrou de se aproveitar do sucesso do personagem e dar uma sobrevida ao console de terceira geração, em uma época em que os consoles da quinta geração já despontavam.
A capa de Sapo Xulé S.O.S. Lagoa Poluída pode ser vista abaixo, conforme extraída do Tec Toy Wiki:
A nova historinha na traseira de caixinha ficou assim:
Três ganaciosos cientistas uniram-se num projeto ambicioso: construir um complexo secreto de usinas submarinas processadoras de lixo, que poderiam gerar energia barata, porém, com grande prejuízo para a natureza. Resolveram instalar as usinas no brejo e, a bordo de três submarinos ultramodernos, colocaram o projeto em andamento.
Em pouco tempo, o fundo da lagoa já estava repleto de lixo: eram pneus, garrafas, latas, tambores, botas e mais uma infinidade de outros detritos utilizados como matéria-prima pelas usinas. A vida dos animais da região já estava ameaçada!
Os seres do brejo, desesperados, foram consultar o velho sábio Cágado Adão que, sem demora, encontrou uma forma de eliminar o lixo do fundo da lagoa, destruir as usinas e ainda expulsar os invasores: construiu uma poderosa nave submarina munida com uma metralhadora laser e duas armas com grande poder de fogo, que funcionavam sincronizadas com o movimento da nave.
O Sapo Xulé foi escolhido para realizar a missão e, pilotando o submarino especial, partiu rumo ao fundo da lagoa onde estavam instaladas as usinas.
Pelo rada, os cientistas detectaram o perigo e imediatamente refugiaram-se em seus poderosos submarinos. Utilizando-se do lixo submerso, os bandidos construíram armas terríveis para enfrentar o Sapo Xulé. Eram garrafas-torpedos, pneus-bombas, naves-parafusos, cascas de bananas giratórias e muitas outras engenhocas letais comandadas à distância e que deveriam proteger as usinas, os submarinos e ainda destruir o Sapo Xulé.
Numa guerra submarina com forças tão equilibradas, a vitória só poderá pertencer aos mais inteligente e hábil dos guerreiros.
E agora a minha principal contribuição para a comunidade: o folheto que a Tec Toy me enviou com as dicas do Astro Warrior lá nos anos 90, época do saudoso Master Club. A versão com o Sapo Xulé ainda não existia na época, mas as dicas naturalmente valem para ela também.
O folheto segue o formato tradicional, com uma única folha de formulário contínuo, com impressão matricial. Ele contém o enredo, o objetivo e uma única dica para passar pelos chefes (as naves mães), que na verdade é até um tanto óbvia.
Confira o folheto com as dicas do Astro Warrior digitalizado:
Para completar, fiz dois videozinhos, um demonstrando o Astro Warrior, e outro demonstrando o Sapo Xulé S.O.S. Lagoa Poluída, ambos feitos com o hardware original e nada de emulação, como de costume. Confira:
Os equipamentos utilizados para esta captura foram:
- Elgato – Game Capture HD60 – para a captura do vídeo em formato digital em Full HD e 60fps.
- Sega Genesis – o modelo norte-americano do Mega Drive, console que tem o processador original do Master System, permitindo jogar os jogos de Master sem emulação.
- Mega Everdrive X7 – o cartucho “mágico” que lê meus jogos a partir de um simples cartão SD e funciona tal qual os cartuchos originais, incluindo os jogos de Master System.
- Framemeister XRGB Mini – fazendo o upscale da imagem do Mega Drive para 1080p Full HD.
- Cabo SCART RGB para Mega Drive 1 / Sega Genesis 1 / Mega Drive 2 Tec Toy com Áudio Stereo (Pack-a-Punched!) – levando a imagem RGB, melhor imagem possível de se extrair de um Mega Drive / Master System com hardware original, para o Framemeister.
Este jogo me lembra Star Force do Famicom, que eu joguei muito. E morri muito, eheheh.
Então quando a Tec Toy lancou o Sapo Xulé, o Astro Warrior já havia sido lançado há 10 anos e ainda nao estava obsoleto.
Joguei muito esse joguinho do Sapo Xule.
Em casa fazíamos competição de quem ganhava mais pontos no Astro Warrior